quarta-feira, 30 de abril de 2014

A Sagrada Família em romaria


Em termos simbólicos, todo o traje de romeiro reporta-nos para a Via Sacra de Jesus, O Cristo, mesmo os dois terços que levamos, no entanto, também cremos que a Sagrada Família caminha connosco no meio do rancho, lugar sagrado onde só os irmãos podem caminhar. Lugar onde os irmãos que se sentem momentaneamente debilitados encontram o colo da Sua e Nossa Mãe, a mão firme e segura de São José e o eterno abraço meigo de Jesus menino.

Mas o que simboliza verdadeiramente a presença da Sagrada Família no rancho e em romaria foi algo que fui ruminando durante esta última romaria.

A Sagrada Família são três pessoas, Jesus, Maria e José e cada uma delas representa uma terça parte do que ocorre em romaria.

Sobre José pouco se fala na Sagrada Escritura, para além de ser citado de que era um homem justo[1]. Justo como Noé[2] e justo como Abraão[3] e como Noé e Abraão, José vivia na presença de Deus e tinha fé na Sua Palavra. Para além dessa particularidade e da sua imensa humildade, tudo o resto é silêncio. Um profundo silêncio, mas fecundo na contemplação de Jesus, fruto do aparecimento do anjo do Senhor por três vezes[4]. De igual modo, também nós romeiros, em romaria vivemos na presença de Deus e temos fé na Sua Palavra. Também nós contemplamos Jesus em momentos de silêncio, mas não um silêncio improdutivo e estéril, mas sim um silêncio semelhante a José.

Se José representa o silêncio, Maria encaminha-nos para a oração. Toda ela é uma oração constante e não apenas na recitação do terço. Ainda Jesus era uma criança já Maria conservava todas as coisas que Ele dizia e ponderava-as no seu coração[5], como oração que é.
Sua e nossa mãe Maria Santíssima, a partir do consentimento dado na fé, no momento da Anunciação e mantido sem qualquer hesitação sob a Cruz, a sua maternidade estendeu-se a todos os irmãos e irmãs de Jesus, único Mediador. Maria é pura transparência d`Ele, mostrando-nos o Verdadeiro Caminho, o Caminho das nossas orações.
Maria também era assídua à oração e mesmo após a Sua morte, o grupo de apóstolos e algumas mulheres, entre as quais Maria, unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se à oração.[6] Também nós unidos por esse sentimento e através de Maria que é pura transparência d´Ele, entregamo-nos á oração assídua que é o Verdadeiro Caminho para o único Mediador que é Jesus.

Sobre Jesus que dizer que não seja apenas “Jesus, filho de Deus Pai, tende piedade de nós, pecadores!” No entanto, sobre a Sua infância descrita na Sagrada Escritura vislumbro três passagens nas quais, de certa forma, a nossa maneira de estar em romaria e ser romeiro, assemelha-se um pouco à d`Ele.
Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens[7], tal como nós que, de romaria em romaria vamos crescendo no conhecimento, no aprofundamento e consolidação da fé e esperando que estejamos em graça diante de Deus.
Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?[8] Também quem nos procura sabe que poderemos ser encontrados nas diversas casas do Pai existentes na ilha e não noutros locais, que não sejam as Casas de Nossa Senhora.
Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso.[9] Humilde, obediente, dócil ou respeitoso, são adjetivos de submisso, e tal como Ele o foi para os seus pais, também nós tentamos não só em romaria, mas sim todos os dias das nossas vidas, sermos submissos ao Pai e a Sua e nossa Mãe Maria Santíssima. Creio que muitas das palavras que depois usou na sua vida pública, muitas das parábolas que transmitiu, foram aprendidas em Nazaré. Ali aprendeu a observar os campos, as vinhas, as sementes, os rebanhos e a vida dos pastores, as mulheres a fazer o pão e a misturar o fermento na massa; aprendeu a importância de uma simples moeda na vida dos pobres, observou os homens que procuravam trabalho na praça. Aprendeu igualmente que no coração de Deus têm preferência os pequenos, os simples, os doentes.[10] Para nós, uma romaria é estar em Nazaré. aprendemos muitas coisas e de trazemos muitas palavras que usamos depois no dia-a-dia. Lá também aprendemos a observar com outro olhar tudo o que nos rodeia, sabendo que sendo pequenos e simples, estamos no coração de Deus. Para além disto, nada mais devo dizer que não seja apenas “Seja bendita e louvada a Sagrada Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo”


Esta foi a conclusão a que cheguei ao fim desses 5 dias de romaria e na qual, verdadeiramente fui ruminando incessantemente sobre o propósito real da presença da Sagrada Família no rancho e em romaria. 


Paulo Roldão
(um irmão romeiro, como os demais)


[1] Mt 1,19 - Justo - Uma palavra pequeníssima mas com uma profundidade abissal, quer naquele tempo, hoje e sempre.
[2] Gen 6,9
[3] Gen 15,16
[4] Mt 1, 21- 25 (1º sonho); Mt 2,14 (2º sonho); Mt 2, 19-21
[5] Lc 2,19
[6] Act 1, 13-14
[7] Lc 2,52
[8] Lc 2,49
[9] Lc 2,51
[10] http://www.cnal.pt/index.php/e-jesus-crescia-em-sabedoria-em-estatura-e-em-graca-diante-de-deus-e-dos-homens

quarta-feira, 23 de abril de 2014

40º Aniversário do Irmão Padre Dolores



Irmão Padre Dolores,

Na impossibilidade de alguns irmãos (nos quais me incluo) não poderem estar presentes na Justa e Sincera cerimónia comemorativa dos 40 anos do seu sacerdócio, vem o seu rancho por este meio, desejar-lhe que esta data se repita, pelo menos, mais uma vez. Agradecer-lhe por ser a pessoa que é e por todo o seu apostolado, assim como pelo facto de, desde o primeiro momento da criação desde seu rancho, ter estado permanentemente a apoia-lo. Na verdade muitos de nós, redobramos a nossa Fé neste movimento peculiar e singular da Igreja.

Obrigado irmão Padre Dolores por tudo e que Deus o abençoe…como SEMPRE!

domingo, 20 de abril de 2014

Ressuscitou



“Porque buscais o Vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou!”[1]
Olhando para a fotografia acima, utilizada no cartaz desta romaria, foi a primeira passagem bíblica que me ocorreu ao contempla-la demoradamente.
Tudo aquilo que usamos (como romeiros) encaminha-nos para Ele. Xaile, lenço, cevadeira e o bordão, para além do simbolismo que cada um desses elementos nos invoca, transpiram igualmente (metaforicamente falado) Jesus e a Sua Paixão.
“Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.[2]
Esta passagem, também patente na fotografia, iluminou-me a alma. Realmente Jesus não está aqui, porque a pedra que tapava o túmulo foi retirada[3] por um anjo do Senhor.[4]
O verde do chão transporta-me para algum tempo antes da Sua prisão, para os momentos agonizantes[5] no Getsémani. Este nome, que apareceu no grego original dos Evangelhos (Mateus 26:3 e Marcos 14:32) deriva do aramaico que significa lagar de azeite. A escolha deste local trazia com exatidão o que Lhe iria acontecer. Na crucificação, iria ser sacrificado e esmagado como uma azeitona, para que todos nós pudéssemos receber o Espírito Santo nos nossos corações.
Com fé e esperança aceitemos que Jesus Ressuscitado entre nas nossas vidas, acolhendo-O como amigo, com confiança: Ele é a vida![6]  Não nos fechemos em nós mesmos, não percamos a confiança, nem nos demos jamais por vencidos, porque não há situações que Deus não possa mudar, nem pecado que não possa perdoar.[7]
Como romeiros, sentimos profundamente a Sagrada Vida, Paixão e Morte de nosso Senhor Jesus Cristo, no entanto, a Páscoa (a Ressurreição) está sempre presente como fim das nossas vidas, esperando em silêncio a salvação do Senhor.[8].


Paulo Roldão
(Um irmão romeiro, como os demais)




[1] Lc 24,5
[2] Jo 20, 5-7
[3] Jo 20,1
[4] Mt 28,2
[5] Lc 22,44
[6] Homilia da Vigília Pascal, 30/III/2013
[7] Carta dirigida ao rancho pelo Santo Padre
[8] Lm 3, 17.21-23.26

sábado, 19 de abril de 2014

40 anos de sacerdócio


Neste dia em que o nosso irmão Padre Dolores celebra o seu 40º aniversário de sacerdócio, vem o rancho por este meio desejar-lhe que esta data se repita por outros tantos anos, na companhia da família e amigos.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A inclinação do rosto de Cristo crucificado


Neste dia em particular, lembrei-me deste pequeno artigo publicado noutro espaço no ano de 2011. Passaram-se quase 4 anos desde a sua publicação, no entanto, mantem-se vivo na minha alma e aqui o partilho convosco.


Confesso que nunca me tinha apercebido, conscientemente, do facto do Cristo crucificado ter o rosto virado para o lado direito, até ao dia em que vi O da fotografia.
Foi durante uma cerimónia ocorrida na Igreja da Vila de São Sebastião, pelos bodos deste ano, que me apercebi do Cristo da foto acima e, com as luzes a incidirem n`Ele, a estrondosa “revelação” que me transmitia. Ainda que inclinado para a direita, as sombras originadas pelas luzes, mostram-me que Ele, tanto virou o rosto para a direita como para a esquerda, tendo entregue o espírito quando estava virado para a direita.
Esta imagem transportou-me à 11ª estação da Via-sacra e à sua mensagem:

(Jesus é pregado na cruz)  – “Com Ele foram também crucificados dois ladrões. Um insultava-o dizendo-lhe “Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.” Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas ações mereciam, mas Ele nada praticou de condenável.”
Parei um pouco para pensar e meditar nesta passagem bíblica, na qual nos é narrado que Cristo foi crucificado juntamente com dois ladrões, um à direita e outro à esquerda. Um insultando-O, o outro aceitando o castigo. No entanto este último continua dizendo-Lhe:
“- Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino. Ele respondeu-lhe: - Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.”

A simplicidade, a verdade e o sentir que Cristo era realmente o Messias, de um, contrasta com a arrogância e o desprezo do outro, quase como (diria eu) um “confronto” entre o bem e o mal. Assim cumpria-se o que estava escrito.
Voltando ao início deste devaneio exacerbado, e perante a “revelação” ali exposta, a mim e a todos aqueles que se aperceberam, veio-me ao pensamento a seguinte passagem:
“ E inclinando a cabeça, entregou o espírito.”

Como mero leigo entre os demais, e após ter contactado com 2 ou 3 sacerdotes, nada em concreto me foi dito do porquê da inclinação para a direita e, em certa medida, essa falta de explicação bíblica sobre a inclinação da Sua cabeça, leva-me novamente ao encontro revelante da sombra projetada pelas luzes. Um Cristo que se inclinou para os dois lados, para os dois ladrões. Um Cristo que, tendo sentido que um deles acreditava n `Ele, perdoou-Lhe todas as suas ações e prometeu-Lhe a entrada no Paraíso nesse mesmo dia. Quanto ao outro, não acreditou que estava perante o Messias, o Redentor. Para este, Cristo era apenas mais um criminoso, mais um que recebia o seu castigo na Cruz.
Sinto que no momento derradeiro, quando exclamou: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” (mesmo antes disso seguramente), deve ter olhado constantemente para o ladrão que não acreditava N`Ele, esperando que, mesmo no seu derradeiro suspiro, O aceitasse como sendo O Filho daquele que é . Esse ladrão era o que estava pregado ao seu lado direito. “Dito isto, expirou”.

Ontem como hoje, continua com o rosto inclinado para a direita, inclinado para aqueles que não creem n`Ele, esperando pacientemente que, antes do derradeiro momento, essas pessoas apenas lhe digam:
“ – Jesus, lembra-te de mim…”

Paulo Roldão
(Um irmão romeiro, como os demais)

terça-feira, 15 de abril de 2014

Encontro de encerramento da VIII Romaria Quaresmal


Informam-se todos os irmãos que amanhã 4ª feira dia 16 pelas 20:00, no centro de catequeses do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, localizado na Rua do Cruzeiro, irá ocorrer o encontro de encerramento com o seguinte esquema:
Oração – sustento da alma*
Terço de Romeiro
Encerramento da Romaria
* Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos.
Vitor Hugo
Paulo Roldão
(um irmão romeiro, como os demais)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Agradecimento



Vimos por este meio agradecer a todas os benfeitores que por amor a Cristo contribuíram para que esta VIII Romaria fosse possível, não só pelo sustento do corpo (na partilha do pão e do recolhimento do frio da noite), como também pelo sustento da alma (as orações pedidas). Agradecemos igualmente a todos os sacerdotes, consagradas e leigos que nos abriram as portas dos locais de culto por onde passamos. Por último mas não menos importantes, agradecemos aos Grupos de Jovens (fermento da Igreja) que em comunhão com Cristo e connosco pobres pecadores confessos oraram.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Clausura



Pouco mais de uma hora nos separa do início de mais uma romaria. Mais uma clausura, não entre quatro paredes mas sim nos caminhos desta ilha Terceira, de Jesus por sinal. Uma clausura em que os Templos do Senhor são os nossos corações.

Até domingo se Deus quiser e que Ele te abençoe…como SEMPRE!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Artigo publicado no Diário Insular de hoje


Confissões


Entre outras situações simples mas muito belas que ocorrem nas vésperas de uma romaria, o Sacramento da Reconciliação é uma delas.

Que gratificante será partimos na próxima madrugada mais leves da alma, depois de nos reconciliarmos com Deus.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Na Agenda Cultural da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo


Artigo publicado no site da Diocese

ROMEIROS DA TERCEIRA CUMPREM OITAVA ROMARIA

Este ano saem 36 irmãos na próxima quarta feira. Alguns vêm da Graciosa.

A partir do próximo dia 9 de abril, 36 romeiros vão sair para a oitava romaria da quaresma que se realiza na ilha Terceira, a partir do Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Angra do Heroísmo.

Os romeiros da Terceira dão a volta à ilha durante cinco dias, percorrendo o maior número de lugares de culto possível, sendo que os templos marianos são paragem obrigatória, e ao quarto dia percorrem o "deserto".

"É, sem dúvida, um dos dias mais intensos das nossas romarias pois vamos até à Santinha do Mato e, neste dia, estamos connosco e com Deus pois não vemos ninguém, não há outros barulhos senão os da natureza. É um dos momentos mais ricos para vivermos a nossa espiritualidade", disse ao Portal da Diocese Paulo Roldão, um dos fundadores doi rancho.

Durante a caminhada de cinco dias fazem muitas meditações e celebrações da palavra. Este ano, tal como nos anteriores, vão ter a companhia e a ajuda espiritual do Pe Dinis Silveira (que estuda em Roma), que mais uma vez integrará o rancho.

A única coisa que mudará em relação aos cerca de 10 ranchos que estão a percorrer esta semana a ilha de são Miguel será a pronúncia, pois as orações, as intenções e as cantadas são as mesmas.

"Não importa a ilha o que importa é o significado da nossa intenção e ela é comum à de outros irmãos" disse ao Portal da Diocese Paulo Roldão, um dos responsáveis pelo rancho, desde a primeira hora.

Este grupo formou-se em 2006, depois de um dos irmãos fundadores ter integrado algumas romarias quaresmais em São Miguel. Depois de feita a preparação inicial e de terem recebido a ajuda de romeiros de São Miguel, o rancho nunca mais parou a sua atividade.

Rege-se pelo mesmo regulamento estipulado para o Movimento de Romeiros de São Miguel, rezam da mesma forma e preparam-se com o mesmo empenho e seriedade, como estipula o regulamento do Movimento de Romeiros de São Miguel. Mas não o integram.

"Nós surgimos mais tarde e somos apenas um rancho. Se o Sr. Bispo entender que nos devemos unir, unimo-nos sem problema. Mas já rezamos por todos os irmãos romeiros", sublinha Paulo Roldão.

Este ano além do retiro, em janeiro, fizeram mais sete encontros de preparação, ó último dos quais no dia 2 de abril.

Embora com uma dimensão completamente distinta, a história reza que as romarias quaresmais se realizavam com frequência em todas as ilhas, embora São Miguel tivesse sido aquela onde elas se mantiveram ininterruptamente e com uma dimensão mais significativa.

Os primeiros registos de romarias na Terceira, ocorrem juntos às Ermidas ou aos pequenos nichos construídos para ali colocar a imagem encontrada: São Roque (São Bento), que poderá ser um dos locais onde se terá realizado a primeira romaria – tinha Casa de Romeiros.

Também na Senhora da Esperança (Porto Judeu); Santo Amaro (Ribeirinha); Senhora da Ajuda (Santa Bárbara); Santinha do Mato (Cinco Picos); Nossa Senhora de Guadalupe (Agualva) e Nossa Senhora dos Milagres (Serreta), estas 3 últimas tinham também a sua Casa de Romeiros – mantendo-se apenas hoje com a mesma configuração a existente em Santa Bárbara – Senhora da Ajuda, tal como refere o Pe Alfredo Lucas na sua obra "As Ermidas da ilha Terceira".

As casas de romeiros, particularidade desta ilha, terão surgido no inicio do séc XVIII para acolher os peregrinos durante a pernoita nesses lugares.

O rancho de romeiros da Conceição deixou um convite aos irmãos que este ano não podem participar na romaria. Na página do rancho, na Internet, convidam os que não participam a juntarem-se a eles nos momentos da eucaristia durante a semana, a começar no dia da partida, quarta-feira, às 4h00 da manhã, na Igreja da Conceição, em Angra


Carmo Rodeia

sábado, 5 de abril de 2014

Algumas palavras a todos os irmãos e irmãs em Cristo


"Irmão em Cristo,
Apesar de não participares nesta VIII romaria, por esta ou aquela razão mas, "uma vez romeiro, sempre romeiro", venho por este meio convidar-te, caso possas, a participar nas celebrações eucarísticas que ocorrerão nos 5 dias da romaria, a saber:

- 4ª Feira dia 9, pelas 04:00 no Santuário de Nossa Senhora da Conceição (inicio da romaria);
- 5ª Feira dia 10, pelas 19:00 na Igreja da Agualva (Nossa Senhora de Guadalupe);
- 6ª Feira dia 11, pelas 19:00 na Igreja do Porto Martins (Santa Margarida);
- Sábado dia 12, pelas 19:00 na Igreja Matriz da Vila de São Sebastião;
- Domingo dia 13, pelas 19:00 no Santuário de Nossa Senhora da Conceição (encerramento da romaria).

Com a humildade que caracteriza um romeiro, basta levares o lenço e terço.

Apesar do convite ser dirigido aos irmãos romeiros, é extensível a todos aqueles irmãos e irmãs que connosco queiram participar nas celebrações eucarísticas acima descritas, em honra e gloria a Deus Nosso Senhor."

Seja para sempre louvada a Sagrada Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de 
Nosso Senhor Jesus Cristo.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

TRAZEMOS NO CORAÇÃO OS CAMINHOS DO SANTUÁRIO



(meditação sobre o salmo 84)

A minha alma suspira ansiosamente pelos átrios do Senhor e por isso, à medida que se aproximam os dias da Romaria, a ilha vai ficando mais pequena. Tão pequena, que mal a Romaria acaba, de imediato somos assaltados pelo desejo irreprimível de voltar a percorrê-la outra vez, a toda a volta, e depois à Graciosa, e a seguir a S. Miguel, porque são felizes os que trazem no coração os caminhos do santuário. De repente, as ilhas já não são ilhas, são todo o universo, e nós os peregrinos do infinito. Assim, vamos caminhando com entusiasmo crescente, até vermos Deus em Sião, porque um dia em vossos átrios, Senhor, vale por mais de mil: por isso sois cheia de graça, ó Maria, e o Senhor é convosco, pois o vosso coração e a vossa carne exultam no Deus vivo, que é sol e escudo, e dá a graça e a glória. Feliz a Vossa e nossa Mãe, Maria, que Vos louva sem cessar, e felizes de nós, Senhor, que encontramos em Vós a nossa força: feliz o homem que em Vós confia!

Meditação da autoria do irmão José-Maria Saldanha