quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
VIAGEM PEREGRINA A COMPOSTELA - Quatro terceirenses em busca do "caminho interior"

Os quatro homens da ilha Terceira, habituados a essas “andanças”, deverão percorrer 25 a 30 quilómetros diários, entre oito a nove horas, durante os próximos 39 dias.
Na bagagem levam determinação, Fé e alguma nostalgia.
Partem amanhã da cidade de Saint Jean Pierd de Port, o ponto de partida do caminho francês, passando por Roncesvalles – a Rota de Napoleão – Pamplona, seguindo outras cidades e vilarejos. Depois de percorridos os 823 quilómetros até ao apóstolo Santiago de Compostela, os peregrinos terceirenses pretendem somar 130 quilómetros ao percurso para chegar a Finisterra, considerado o “fim da terra”, a noroeste da Europa. Uma viagem que apesar de incluir muita “reflexão” sobre a vida e a própria pessoa não se manifesta de forma monótona.
“No primeiro dia vamos subir uma altitude de mais ou menos 1700 ou 1800 metros, num total de 29 quilómetros, entre oito a dez horas”, adianta João Borges, um dos peregrinos.
No entanto, nem as longas distâncias nem as más condições climatéricas que naturalmente se fazem sentir poderão deter os viajantes da ideia traçada. “Quando partimos para uma peregrinação sentimos aquela necessidade de nos procurarmos a nós próprios, a nós próprios com Deus. Connosco levamos os nossos familiares, a saudade, a nostalgia…É um caminho solitário, muito interior”, explica, acrescentando que “cada um vai por si, no meu caso sem telemóvel e sem relógio”.
Todos os dias, à semelhança do que aconteceu o ano passado na viagem pelo caminho português, João Borges, Francisco Codorniz, Padre Dinis Silveira e António Morais fazem questão de assistir a uma missa, celebrada em diferentes Igrejas ou lugares. Um momento considerado “comovente” pela grandiosidade de todo o seu contexto.
Questionado sobre o que sente na ocasião em que avista o local de destino, o Pórtico da Glória da Catedral de Santiago de Compostela, João Borges revela que “cumpriu a sua missão”, mas, sobretudo, “gera-se o sentimento de perdão, por isso chamo o ‘Pórtico do Perdão’”. Ao chegar a casa, depois de a viagem, “a sensação agradável perdura, além de que estamos desprendidos das coisas materiais”, refere.
Pelo caminho, a pé, desde o raiar do Sol ao fim da tarde, os peregrinos costumam encontrar pessoas de várias nacionalidades, crenças e idades, muitos com o mesmo propósito.
“O caminho é feito para todos, não há discriminação. O necessário é ter determinação, ser organizados na preparação da viagem”, diz João Borges, referindo que, naquele caso, os quatro peregrinos combinaram a viagem pelo caminho francês há um ano.
De acordo com João Borges, não há conhecimento de outros peregrinos dos Açores naquela viagem a Santiago de Compostela, ainda que, por hábito, encontrem sempre algum açoriano pelas mesmas “andanças”.
No que se refere à altura do ano mais indicada para realizar a peregrinação, o viajante indica a Primavera ou o princípio do Outono, por considerar “mais calmo e menos calor”, devendo-se, por isso, evitar o mês de Agosto devido às altas temperaturas.
As refeições são “ligeiras”, confeccionadas, algumas delas, nas cozinhas dos albergues dos peregrinos, localizados ao longo de todo o caminho sagrado. Quando não pernoitam naqueles espaços, servem-se das portas das Igrejas, ao relento.
O regresso da viagem dos quatro terceirenses está marcado para 10 de Novembro. Uma aventura carregada de história e de estórias que cada peregrino haverá de querer contar.
20 mil peregrinos
De acordo com dados históricos, existem em média 20 mil peregrinos, por ano, em viagem pelo norte de Espanha nas três maneiras consideradas como formas autênticas de peregrinação: a pé, de bicicleta ou a cavalo.
O Caminho para Santiago de Compostela foi declarado, em 1993, Património da Humanidade pela UNESCO.
Existem várias versões sobre Santiago de Compostela. Uma delas, a mais conhecida, refere que Tiago, irmão de João, morreu à espada em Jerusalém, na perseguição desencadeada contra os chefes da igreja por Herodes Agripa. O seu martírio ocorreu no ano 42 d.C. Posteriormente, no século. IX, o bispo Teodomiro de Iria descobriu milagrosamente o corpo do apóstolo e o rei Afonso II, O Casto, edificou uma igreja e um mosteiro sobre o sepulcro do santo.
Sónia Bettencourt
(artigo retirado do Jornal "A União")
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Recomeço de mais um ano

Falou-se de muitas coisas, do que se pensa fazer na próxima saída, dos pequenos impossíveis que foram acontecendo, dos testemunhos de cada um, das coisas menos boas que aconteceram na última saída, do que é ser romeiro e como transmitir isso a eventuais novos irmãos que queiram acompanhar-nos no próximo ano.
É obvio que existem mil e uma maneiras de se explicar este “fenómeno” esta irmandade e quais os seus reais objectivos mas, a vivência de cada um, aquilo que espiritualmente cada irmão ganha, isso, só vivendo e, não existem palavras para descreverem.
Apela-se aqui, para que todos os jovens cristãos que nos queiram acompanhar, podem (e devem) comparecer às reuniões para se inteirarem de tudo. A próxima está marcada para o dia 22 de Outubro pelas 20:00 na Rua do Cruzeiro (edifício da catequese), freguesia da Conceição.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008
A Fé
quarta-feira, 25 de junho de 2008
SER ROMEIRO É UMA DECISÃO DIÁRIA
Mas com que atitude o fazemos?
Que espírito nos anima?
Como vamos?
Como caminhamos?
Como peregrinos não partimos “à toa”, temos propósitos e metas, que nos esforçamos por atingir. O que procuramos – para onde queremos ir – é sempre de uma forma ou de outra, o que imaginamos.
Como peregrinos, em todo o caso, experimentamos as dificuldades do percurso que livremente escolhemos e estamos sujeitos às dores e sofrimentos que ele proporciona. Por vezes, apetece-nos desistir, ficar por ali, interrogando-nos sobre se vale a pena continuar.
Mas, como peregrinos, não caminhamos sozinhos, sabemos com quem vamos, com os nossos próximos mais próximos e com muitos outros que se cruzam connosco pelo caminho.
Todos eles nos põem à prova com as suas diferentes maneiras de ser, com os seus diversos pontos de vista, com as suas vontades contraditórias e outras inesperadas exigências.
Como peregrinos carregamos a cevadeira com o essencial do que pensamos vir a precisar, algumas são demasiado pesadas que nos abatem por vezes o ânimo e nos atrasam o passo, por vezes é preciso aliviar o supérfluo para não se tornar demasiado penoso, como acontece muitas vezes nas nossas vidas em que perante a encruzilhada há que fazer opções.
Peregrinar bem não é fácil…é preciso largar a rotina habitual, partir com alegria, ser perseverante e levar o essencial
Na nossa caminhada percorremos os caminhos lado a lado com JESUS CRISTO, vivemos a Sua presença estamos aptos a sermos melhores porque todos estão com os olhos em nós, não podemos defraudar essas expectativas apesar das nossas fraquezas e limitações.
Só os que foram amados amam, só os que viveram a felicidade podem tornar os outros felizes. Os que não conseguiram ainda atingir estes patamares de vida com DEUS tem mais uma oportunidade para a próxima romaria de 2009, os que já se sentem realizados terminam o seu caminho aqui, que é o meu caso."
domingo, 22 de junho de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Procissão da Senhora do Rosário

Assim, solicita-se a presença de todos os elementos para, não só haver suficientes para o andor, como engrandecer a procissão dedicada à Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Instituição no Ministério de Acólito

Será ás 11:00h na Sé Catedral de Angra, celebração da Missa, presidida por D.António.
Serão instituídos, para além dele, mais 5 seminaristas.
Os irmãos que quiserem e possam acompanhá-lo, deverão ir de lenço e terço (pedido do mesmo).
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Reunião
quarta-feira, 9 de abril de 2008
O ROMEIRO HOMEM PENITENTE ()O ROMEIRO HOMEM RESSUSCITADO

TEMA 1
(Elaborado pelo irmão seminarista André Resendes)
"A caminhada do romeiro, centra-se fundamentalmente numa atitude de encontro consigo mesmo e com Deus, depois de descoberta a sua condição de pecador;
A Romaria apresenta-se desta forma, como um dos muitos modos de reconciliação com Deus, dos actos menos bons que cometemos, contra o amor de Deus, e á sua imagem em cada um dos irmãos;
Cada Romaria é diferente todos os anos, porque em cada uma delas, o romeiro pode ser o mesmo, mas as suas disposições interiores – espirituais – não o são por certo! Sendo assim, a experiência de romaria é sempre nova, inquietante, mas consoladora e gratificante;
No caminho interior pelos “lugarejos” mais profundos do coração, encontramos e procuramos perceber cada gesto concretizado, e melhorá-lo – toda esta caminhada é visualizada pela romagem exterior, passando sempre por Igrejas, capelas e ermidas, que devem simbolizar a nossa procura constante em saciarmo-nos do Eterno;
Como qualquer outra experiência, esta em concreto com o Divino, pode ser humana e espiritualmente “desconfortante” isso porque muitas vezes encontramos pedaços de nós mesmos que não queríamos encontrar; gestos realizados que queremos modificar, acrescidos do cansaço físico e mental, etc…;
Este é o verdadeiro (ou aquela meta) de cada Romaria anual que realizamos, e que culmina com todo o seu sentido em Jesus-Eucaristia;
Importa perceber a figura desse Jesus: o que Ele significa – para os dias de hoje - na minha vida? ( lemos Spe Salvi, 31/32).
Estamos em marcha para a Páscoa! Como nos preparamos?! Como está o nosso coração?!
CONTEXTUALIZAÇÃO DA PÁSCOA (enquanto festa) :
a) festa (saída do Egipto – terra de escravidão – para a terra da promessa (A.T.) ; passagem da morte á vida – do pecado á vida da graça em Jesus Cristo, N.T.);
b) memória actualizadora do passado e projectiva do futuro;
c) tempo novo para tudo (para renovar; recriar, reconciliar, amar, perdoar…etc);
SENTIDO DA PÁSCOA (enquanto história) :
a) Egipto → Israel ;
b) Belém → Jerusalém;
c) Morte → Vida;
d) Jerusalém → Emaús;
PORQUÊ A PÁSCOA TODOS OS ANOS?:
A) Celebramos a HISTÓRIA (actualizamo-la em cada Domingo; em cada Páscoa semanal);
B) “ a ALEGRIA (de termos um “Deus connosco”, que nos ama apesar de tudo;
C) “ a VIDA ( que perdemos com o pecado, e restituímos com o Baptismo e os Sacramentos);
D) “ o CONVÍVIO COMUNITÁRIO (somos um povo, não uma massa anónima e individualista – Ex: Tomé e os 12, na Aparição do Ressuscitado);
E) “ a GENEROSIDADE (de Jesus em nos ter amado até ao fim, sem reservas, e sem nos pedir nada em troca);
F) “ a LIBERDADE (dos filhos de Deus, das criaturas ressuscitadas e redimidas);
G) “ a GRATUIDADE (Deus amou-nos sem medida e sem preço);
H) “ o COMPROMISSO (celebramos e recebemos de Deus para levar aos outros);
MEDITAÇÃO ATRAVÉS DA ESCRITURA SAGRADA
LUCAS 13, 35 – Explicação
Reflexão:
Nesta passagem encontramos os seguintes momentos de encontro com Jesus:
a) na VIDA = Jesus aproxima-se deles, faz caminhos com eles , compreende-os e compadece- -se;
b) nas ESCRITURAS = Explica-lhes o sentido de todas as Escrituras e fá-los encontrar o seu sentido para a vida;
c) na EUCARISTIA = Jesus revela-se no partir do pão – sentido comunitário; “fracção do pão”, como gesto para reconhecer a presença do Ressuscitado;
d) na COMUNIDADE = Todos têm nela o seu lugar;
Na partilha de experiências;
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Discípulos de Emaús são imagem dos peregrinos, que não se devem fechar aos seus projectos e dificuldades. Procurarmos sempre um sentido."
terça-feira, 1 de abril de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
Cerimónia do lava-pés

segunda-feira, 17 de março de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
Caminho de Santiago

Igreja do "Corpo Santo"
Autoria de Luis Nunes
Mais um pequeno filme que nos foi cedido pelo Luis Nunes, realizado na Igreja do "Corpo Santo" durante a nossa romaria deste ano. Pequeno por certo mas, cheio de tantas alegrias impossiveis de passar a escrito, só vivendo...apenas isso.
terça-feira, 4 de março de 2008
Caminhar com Eles
Terminou a semana passada a romaria de Nossa Senhora da Conceição da Ilha Terceira. Antes conversámos sobre a importância de gerar contudo para uma forma magnífica de rezar que tínhamos importado de São Miguel, retomado das antigas romarias da Terceira e adaptado aos primeiros anos do século XXI. E esse conteúdo foi conseguido se atendermos aos testemunhos que fomos escutando de dentro e de fora. De dentro ouvimos falar muito de uma nova perspectiva de olhar a vida, e da descoberta e redenção de atavismos limitadores de cada um de nós.
De fora disseram-nos que se comoviam com a humildade e alegria dos romeiros que caminhavam, pediram-nos para rezarmos por este e por aquele e, numa manifestação de espantosa dádiva, ofereceram-nos comida e dormida. Foi um pouco por todo o caminho mas não é demais realçar o papel fantástico da Cruz Vermelha, que transportou colchões e sacos de um sítio para o outro; da hospitalidade magnífica das instituições e famílias de Santa Bárbara, Agualva, Porto Martins e São Sebastião; do apoio dos fiéis e párocos que abriram as igrejas e capelas ao longo de todo percurso, mesmo quando isso acontecia às quatro e cinco da manhã; e do apoio das famílias que se transformaram perante o testemunho de mudança.
Para além de muitos outros, que paravam as carrinhas na estrada para nos darem apoio, podemos lembrar as irmãs do Pico da Urze, o Império de São Bartolomeu, os fiéis da Serreta, os bombeiros dos Altares, os residentes dos Biscoitos, os responsáveis pela Misericórdia da Praia, os agricultores da Achada, as comunidades da Feteira e de São Bento e várias empresas de restauração como um café no Posto Santo, a Quinta do Galo, o restaurante Papa Açorda, o restaurante a Africana e uma empresa de catering da Praia. Primeiro pensávamos que seriam refeições a mais mas também nos recordámos que foi em torno da mesa, e da cruz, que Nosso Senhor redimiu e redime o mundo.
Houve uma reunião na sexta-feira passada e outra haverá no próximo dia 12 de Março pelas vinte horas na Igreja da Conceição. Sexta-feira recordámos a incrível melhoria na organização da caminhada e, graças à dádiva de tantos, da alimentação e da estadia; a enorme vantagem de levarmos um padre connosco, o reforço da amizade entre todos, e a crescente novidade interior de cada romaria. Também se focaram pequenos aspectos de forma que poderiam melhorar, como a manutenção da intensidade do canto ao longo da romaria, a aprendizagem de orações cantadas, ou algum cuidado acrescido a quem pára à beira do caminho com muito cansaço em cima.
Mas o grande desafio é para o futuro. Por um lado, o desafio de cada um de nós de encontrar formas de oração e de caminhada que nos aproximem de Deus e dos outros. Falou-se numa maior presença dos romeiros nas manifestações e celebrações da Igreja; e pensámos, cada um de nós, nas formas como iríamos dar tempo a Deus na rotina de todos os dias. Por outro lado, o desafio que cabe ao próprio rancho de romeiros de ir preparando um salto quantitativo e qualitativo para as romarias do ano que vem. Várias questões se colocam: I) Como ir convidando e preparando outras pessoas ou ranchos que são chamadas a participar nas romarias mas que não se sentem à vontade para dar o primeiro passo?; II) Como alargar as romarias a São Jorge, ao Pico e mais longe no outro lado do mar, levando a todo o lado, esta magnífica forma de rezar e caminhar que os nossos irmãos de São Miguel souberam guardar durante séculos? III) Como integrar ainda mais o movimento dentro da Igreja para que a vantagem da Terceira de ter padres na romaria, possa dar frutos por aqui e por outras paragens?
Ao longo de cinco dias estranhámos o fenómeno que se passava em nós e em torno de nós. Mas íamos com Jesus, Maria e José e tudo parecia bem. É bom que continuemos a caminhar com Eles.
Mais perto de Deus

Caminhos de fé
Ao longo de cinco dias e pelo segundo ano consecutivo, os romeiros percorreram as estradas da Terceira, recuperando uma tradição que existiu na ilha até finais do século XIX. Ao todo, foram mais de 200 quilómetros de caminho e oração, pelas intenção dos irmãos e pela paz no mundo.
“O homem moderno tem necessidade de Deus e vai buscá-lo às religiões e às filosofias de vida. Na nossa terra, onde há uma grande tradição católica, procura-se estas manifestações de fé muito simples, como o rezar e o andar por intenções que nos pedem”, sublinha o Padre Dinis Silveira, contra-mestre do grupo de romeiros da ilha Terceira.
As vozes roucas cortam o silêncio da manhã, entoando em uníssono a “Ave-maria”. Caminhando e orando desde as 04h00 da madrugada desta quarta-feira de Fevereiro, os 34 irmãos chegam agora, volvida uma meia dúzia de horas, à Quinta do Galo, na freguesia da Terra Chã, em Angra do Heroísmo, onde lhes espera uma canja de galinha e uma broa de milho para afagar o estômago. Sobre os ombros, o xaile escuro, simbolizando o manto de Cristo, e o lenço colorido, representando a coroa de espinhos, protegem do frio. Às costas, a saca com o farnel é a cruz que cada um tem de carregar. Nas mãos, o bordão e o terço.
Organizado em fila dupla, o grupo de romeiros da Terceira transpõe os portões da propriedade e dirige-se à pequena e simples capela, pintada de branco. Nos rostos, serenidade, apesar do cansaço. Já no interior da ermida, rezam pelas intenções dos donos da casa, dos irmãos que foram encontrando pelo caminho e pela paz no mundo. Será assim nos 120 templos que visitarão ao longo dos cinco dias de peregrinação.
A tradição das romarias quaresmais - que existiu na ilha até finais do século XIX - foi retomada pelo segundo ano consecutivo. “A Terceira teve romarias e isso prova-se pelas casas de romeiros que ainda existem em freguesias como o Porto Judeu, Santa Bárbara e Serreta”, refere o Padre Dinis Silveira, contra-mestre do grupo, que tem a seu cargo, em conjunto com o mestre, toda a logística da peregrinação.
“Trata-se de uma tradição alicerçada na fé de um povo massacrado pelas intempéries e pelos vulcões e que regressa agora, na modalidade de São Miguel, com uma grande adesão”.
Um entusiasmo que, segundo o pároco, tem também uma justificação: “O homem moderno tem necessidade de Deus e vai buscá-lo às religiões e às filosofias de vida. Na nossa terra, onde há uma grande tradição católica, procura-se estas manifestações de fé muito simples, como o rezar e o andar por intenções que nos pedem”.
Pelas localidades que percorrem, os romeiros recebem pedidos de oração por um familiar doente, um amigo carenciado ou, simplesmente, pela paz da humanidade. “Já vem muita gente pedir intenções, formando-se uma corrente de oração muito grande”, sublinha o Padre Dinis Silveira, neste momento de pausa.
“A juventude também já vai aderindo, porque o mundo criou muita coisa, mas também gerou um vazio muito grande, que leva muita gente a procurar Deus”.
Os romeiros da Terceira acordam todos os dias pelas 03h00 e caminham até às 18h00, pernoitando depois em casas familiares ou em salões paroquiais. As refeições são oferecidas pela população ou compradas nas mercearias locais. Por onde passam, os peregrinos - todos homens, como dita a tradição - sentem “grande afecto e carinho das pessoas”, destaca o contra-mestre do grupo.
“Quase todas as refeições são oferecidas, assim como as dormidas nas freguesias, o que demonstra que isto veio para ficar. Hoje de manhã, por exemplo, vimos muita gente nas janelas, o que é sinal de alguma coisa…”
“Força interior”
Entre os 34 irmãos que percorrem as estradas terceirenses, seguem cinco vindos especialmente da Graciosa para o efeito e dois de São Miguel. Bruno Espínola, um jovem natural da ilha branca, teve conhecimento da iniciativa através de um grupo de paroquianos do Padre Dinis Silveira e decidiu pôr em prática a sua “relação com Cristo”.
“É um bom exercício de reflexão e de encontro com a fé, bem como uma forma de levarmos algumas tradições aqui da Terceira para a Graciosa”.
Para o irmão graciosense integrar esta romaria oferece, sobretudo, “uma grande paz”. “Cada um se encontra, individualmente, na esperança com Deus”.
A preparação para a longa caminhada é, essencialmente, “psicológica”, considera. “É algo que vem de dentro de nós. Logo que sentimos que é isto que queremos, conseguimos. É uma questão de força interior”.
Já António Furtado, oriundo da maior ilha açoriana, é um habitué nas romarias quaresmais de São Miguel. Este ano, no entanto, optou “por uma experiência nova e por conhecer uma romaria noutra terra”.
“É uma semana espiritual, que nos faz bem”, enfatiza.
Questionado sobre as eventuais semelhanças ou diferenças entre a tradição terceirense e a micaelense, garante que “é igual”.
“Apesar de lá ser quatro vezes maior, é a mesma coisa. Rezamos as mesmas orações e o terço…”
Para trás, ao longo destes cinco dias, ficam “a família, o trabalho e o stresse do dia-a-dia”, salienta.
“Carregamos novas pilhas, para começarmos de novo o ano mais purificados e com o espírito muito bom”, explica, concluindo, sem pestanejar: “Vale a pena”.
Depois da pausa para retemperar energias, os romeiros – dos 13 aos 56 anos de idade – põem-se novamente a caminho. Ao todo, percorrerão mais de 200 quilómetros, numa verdadeira jornada de fé."
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Mateus 18:1-5
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Experiência de Deus
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Dias Grandes

O espantoso do mistério da criação do Homem é que esse “infinito instante” é concretizado em cada um dos nossos gestos, atitudes e palavras. Mas como é que podemos concentrar todo o infinito num só gesto, numa só atitude ou numa só palavra? Concentrar o Mundo num só grito, como nos diz Florbela Espanca na canção de Luís Represas? A poetisa sabe como é, e diz! “É amar-te assim perdidamente, é seres alma e sangue e vida em mim, e dizê-lo cantando a toda a gente!”
E se pusermos a devida maiúscula nesta maravilha começamos a compreender o drama feliz do mistério. “É amar-Te assim perdidamente, é seres alma e sangue e vida em mim, e dizê-lo cantando a toda a gente!”. E a maravilha é que a maiúscula pode ser minúscula porque no instante infinito do gesto de amor Deus é o outro.
Tudo isto parece bonito e poético quanto baste, mas como é que é possível concretizá-lo todos os dias. Ao longo de meia romaria fomos conversando com uns com os outros e percebendo melhor as ideias que nos são dadas de Graça.
Primeiro, ajuda muito rezar. O Padre Dinis disse-nos para orar dialogando com Deus para além de rezar dizendo Avé-Marias e Pai Nossos. Mas o silêncio do não discernimento imediato, a amargura da confusão distraída da nossa mente e a presença exigente da nossa liberdade fazem-nos fugir para a reza fácil e trauteada, ao som batucado dos passos e com o cenário holliwoodesco de uma paisagem bonita. E a verdade é que essa reza trauteada dá sinais de nos ir protegendo contra o que pensamos ser pecados mais graves ao mesmo tempo que nos abre janelas momentâneas de felicidade. E o mundo parece correr nesta rotina bem comportada e tendencialmente moralista do pedir sem escutar. Tudo parece direitinho assim, e até a criação sociológica do mundo, como o entendemos - com pais, irmãos, mulher, amigos e colegas, companheiros de equipa e compatriotas – parece ser conforme esta recomendação elementar da reza sem oração.
No entanto existem todos os outros. Aqueles que referenciamos com facilidade para exemplificar julgando os sinais da nossa moralidade limitada e julgadora. Pelo menos foi assim que, com o tempo de um burro, entendi o aviso que me deram dizendo que “as referências são tramadas” e que, perante a minha estupefacção defensiva, que “temos que aprender as lições da humildade”.
Tramado é o orgulho, percebi mais tarde; esse que, supostamente, nos dá a identidade que nos constitui e nos dá pertença, mas que efectivamente ofende e distancia os outros. Mas como é possível viver sem esse orgulho que julgamos constitutivo e essencial? Ou, dito de outra maneira, como é possível viver com humildade e, ao mesmo tempo, ... dizê-lo cantando a toda a gente?
Da conversa que tive com o Padre Dinis ao longo do caminho que vai de São Sebastião até à Barraca pareceu-se entender duas coisas. No mundo passam ambos pela relação com os outros. Por um lado na assunção da obediência, percebendo como as crianças o fazem que é essa obediência que nos aumenta a liberdade. Mas é difícil ser-se adulto e ao mesmo tempo criança e obediente. Por outro lado pelo entender daqueles que nos criticam e aparentemente não gostam de nós. Afinal de contas são os que são feridos e se sentem e reagem contra o nosso orgulho. Se entendermos isso e se perdoarmos, talvez consigamos ser mais humildes sem deixar de dizer cantando a toda a gente.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
6º dia da Romaria
Depois destes 5 dias de romaria, hoje começa o 6ª dia, o 1º dos restantes dias deste "ano quaresmal". É a partir deste dia que o verdadeiro romeiro dá o seu testemunho, onde quer que vá, com quem quer que fale.
O video acima foi filmado no escuro da noite, como escuro está o coração de muitas pessoas que, por esta ou aquela razão, não o querem abrir para Cristo e sua Mãe Maria Santissima. Quem sabe, na oração ouvida não sintam, de novo, o Seu chamamento.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Entrada nas Igrejas

1. Dai-nos licença, Senhora , Rainha Imaculada,
Para que entremos agora, em vossa santa morada.
2. Senhora, dai-nos licença, aos tristes filhos de Adão,
Para que em vossa presença, vos faça nossa oração.
3. Entrai pecadores, entrai, p’ra ver a mãe de Jesus,
E água benta tomai, fazei o sinal da cruz.
4. Quero pôr-me a vossos pés, hoje pela primeira vez,
Rainha dos altos céus, nossa mãe e de Deus.
5. Ajoelhai, pecadores, com os joelhos no chão.
Assim fez o redentor pela nossa salvação.
Estado do tempo para os próximos dias

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
"ser" Romeiro

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Previsão meteorológica
Saida...
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Orações a Nossa Senhora III

Oração de S. Bernardo
Lembrai-vos, ó piíssima virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa protecção, implorado o vosso auxilio e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado.
Animado eu, pois, com igual confiança, a ti Maria, entre todas singular, como a mãe recorro, de vós me valho, e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés.
Não desprezeis as nossas súplicas, mas dignai-vos ouvi-las propicia, e concede-nos o que vos pedimos. Amen.
Orações a Nossa Senhora II

Ó Senhora minha!
Ó Senhora minha ó minha mãe, eu me ofereço todo a vós, e, em prova da minha devoção para convosco, me consagro neste dia e para sempre os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo meu ser.
E porque assim sou todo vosso, ó incomparável mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa.
Lembrai-vos que vos pertenço, terna mãe Senhora nossa. Ah! Guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Orações a Nossa Senhora I

Acto de consagração a nossa Senhora
Diante de Deus uno e trino, entrego-me em abandono filial a Maria, para me dedicar inteiramente ao serviço da Igreja.
Consciente da minha liberdade e da minha condição de filho de Deus e, ao mesmo tempo, profundamente convencido da minha miséria espiritual, desejo, na actitude
de pobre do evangelho, mendigo de Deus, e a exemplo do Apostolo S. João, viver em comunhão com Maria.
Confio que vivendo assim no meu coração, ela me faça viver à imagem e semelhança de seu filho, que foi obediente à vontade do Pai até à morte e morte de Cruz.
Acredito que, deste modo e por fim, já não serei eu que vivo mas Cristo que viverá em mim e por mim. Ámen.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Percurso da romaria

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA

2. Segundo o ensinamento evangélico, não somos proprietários mas administradores dos bens que possuímos: assim, estes não devem ser considerados propriedade exclusiva, mas meios através dos quais o Senhor chama cada um de nós a fazer-se intermediário da sua providência junto do próximo. Como recorda o Catecismo da Igreja Católica, os bens materiais possuem um valor social, exigido pelo princípio do seu destino universal (cf. n. 2403).
É evidente, no Evangelho, a admoestação que Jesus faz a quem possui e usa só para si as riquezas terrenas. À vista das multidões carentes de tudo, que passam fome, adquirem o tom de forte reprovação estas palavras de São João: «Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como pode estar nele o amor de Deus?» (1 Jo 3, 17). Entretanto, este apelo à partilha ressoa, com maior eloquência, nos Países cuja população é composta, na sua maioria, por cristãos, porque é ainda mais grave a sua responsabilidade face às multidões que penam na indigência e no abandono. Socorrê-las é um dever de justiça, ainda antes de ser um gesto de caridade.
3. O Evangelho ressalta uma característica típica da esmola cristã: deve ficar escondida. «Que a tua mão esquerda não saiba o que fez a direita», diz Jesus, «a fim de que a tua esmola permaneça em segredo» (Mt 6, 3-4). E, pouco antes, tinha dito que não devemos vangloriar-nos das nossas boas acções, para não corrermos o risco de ficar privados da recompensa celeste (cf. Mt 6, 1-2). A preocupação do discípulo é que tudo seja para a maior glória de Deus. Jesus admoesta: «Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos Céus» (Mt 5, 16). Portanto, tudo deve ser realizado para glória de Deus, e não nossa. Queridos irmãos e irmãs, que esta consciência acompanhe cada gesto de ajuda ao próximo evitando que se transforme num meio nos pormos em destaque. Se, ao praticarmos uma boa acção, não tivermos como finalidade a glória de Deus e o verdadeiro bem dos irmãos, mas visarmos antes uma compensação de interesse pessoal ou simplesmente de louvor, colocamo-nos fora da lógica evangélica. Na moderna sociedade da imagem, é preciso redobrar de atenção, dado que esta tentação é frequente. A esmola evangélica não é simples filantropia: trata-se antes de uma expressão concreta da caridade, virtude teologal que exige a conversão interior ao amor de Deus e dos irmãos, à imitação de Jesus Cristo, que, ao morrer na cruz, Se entregou totalmente por nós. Como não agradecer a Deus por tantas pessoas que no silêncio, longe dos reflectores da sociedade mediática, realizam com este espírito generosas acções de apoio ao próximo em dificuldade? De pouco serve dar os próprios bens aos outros, se o coração se ensoberbece com isso: tal é o motivo por que não procura um reconhecimento humano para as obras de misericórdia realizadas quem sabe que Deus «vê no segredo» e no segredo recompensará.
4. Convidando-nos a ver a esmola com um olhar mais profundo que transcenda a dimensão meramente material, a Escritura ensina-nos que há mais alegria em dar do que em receber (cf. Act 20, 35). Quando agimos com amor, exprimimos a verdade do nosso ser: de facto, fomos criados a fim de vivermos não para nós próprios, mas para Deus e para os irmãos (cf. 2 Cor 5, 15). Todas as vezes que por amor de Deus partilhamos os nossos bens com o próximo necessitado, experimentamos que a plenitude de vida provém do amor e tudo nos retorna como bênção sob forma de paz, satisfação interior e alegria. O Pai celeste recompensa as nossas esmolas com a sua alegria. Mais ainda: São Pedro cita, entre os frutos espirituais da esmola, o perdão dos pecados. «A caridade – escreve ele – cobre a multidão dos pecados» (1 Pd 4, 8). Como se repete com frequência na liturgia quaresmal, Deus oferece-nos, a nós pecadores, a possibilidade de sermos perdoados. O facto de partilhar com os pobres o que possuímos, predispõe-nos para recebermos tal dom. Penso, neste momento, em quantos experimentam o peso do mal praticado e, por isso mesmo, se sentem longe de Deus, receosos e quase incapazes de recorrer a Ele. A esmola, aproximando-nos dos outros, aproxima-nos de Deus também e pode tornar-se instrumento de autêntica conversão e reconciliação com Ele e com os irmãos.
5. A esmola educa para a generosidade do amor. São José Bento Cottolengo costumava recomendar: «Nunca conteis as moedas que dais, porque eu sempre digo: se ao dar a esmola a mão esquerda não há de saber o que faz a direita, também a direita não deve saber ela mesma o que faz » (Detti e pensieri, Edilibri, n. 201). A este propósito, é muito significativo o episódio evangélico da viúva que, da sua pobreza, lança no tesouro do templo «tudo o que tinha para viver» (Mc 12, 44). A sua pequena e insignificante moeda tornou-se um símbolo eloquente: esta viúva dá a Deus não o supérfluo, não tanto o que tem como sobretudo aquilo que é; entrega-se totalmente a si mesma.
Este episódio comovedor está inserido na descrição dos dias que precedem imediatamente a paixão e morte de Jesus, o Qual, como observa São Paulo, fez-Se pobre para nos enriquecer pela sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9); entregou-Se totalmente por nós. A Quaresma, nomeadamente através da prática da esmola, impele-nos a seguir o seu exemplo. Na sua escola, podemos aprender a fazer da nossa vida um dom total; imitando-O, conseguimos tornar-nos disponíveis para dar não tanto algo do que possuímos, mas darmo-nos a nós próprios. Não se resume porventura todo o Evangelho no único mandamento da caridade? A prática quaresmal da esmola torna-se, portanto, um meio para aprofundar a nossa vocação cristã. Quando se oferece gratuitamente a si mesmo, o cristão testemunha que não é a riqueza material que dita as leis da existência, mas o amor. Deste modo, o que dá valor à esmola é o amor, que inspira formas diversas de doação, segundo as possibilidades e as condições de cada um.
6. Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma convida-nos a «treinar-nos» espiritualmente, nomeadamente através da prática da esmola, para crescermos na caridade e nos pobres reconhecermos o próprio Cristo. Nos Actos dos Apóstolos, conta-se que o apóstolo Pedro disse ao coxo que pedia esmola à porta do templo: «Não tenho ouro nem prata, mas vou dar-te o que tenho: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda» (Act 3, 6). Com a esmola, oferecemos algo de material, sinal do dom maior que podemos oferecer aos outros com o anúncio e o testemunho de Cristo, em cujo nome temos a vida verdadeira. Que este período se caracterize, portanto, por um esforço pessoal e comunitário de adesão a Cristo para sermos testemunhas do seu amor. Maria, Mãe e Serva fiel do Senhor, ajude os crentes a regerem o «combate espiritual» da Quaresma armados com a oração, o jejum e a prática da esmola, para chegarem às celebrações das Festas Pascais renovados no espírito. Com estes votos, de bom grado concedo a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 30 de Outubro de 2007.
BENEDICTUS PP. XVI
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Quarta-feira de cinzas – início da Quaresma
A Quaresma é também um período propício à introspecção, um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar a vinda do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente cada um de nós renasce, com Cristo.
Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.
Quarta-feira Cinzas

A quarta-feira de cinzas cai nas seguintes datas nos anos seguintes:
2009 - 25 de fevereiro
2010 - 17 de fevereiro
2011 - 9 de março
2012 - 22 de fevereiro
2013 - 13 de fevereiro
2014 - 5 de março
2015 - 18 de fevereiro
2016 - 10 de fevereiro
2017 - 1 de março
2018 - 14 de fevereiro
2019 - 6 de março
Alguns cristãos tratam a quarta-feira de cinzas como um dia para se lembrar a mortalidade da própria mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas pelo o padre administrando a cerimônia. O padre marca a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o cristão normalmente deixa em sua testa até o pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Oriente Médio de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante a Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia). No Catolicismo Romano, é um dia de jejum e abstinência.
Como é o primeiro dia da Quaresma, ele ocorre um dia depois da terça-feira gorda ou Mardi Gras, o último dia da temporada de Carnaval. A Igreja Ortodoxa não observa a quarta-feira de cinzas, começando a quaresma já na segunda-feira anterior a ela.
(texto retirado do Wikipedia)
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Santa Teresa D `Avila

Nada de espante,
Quem a Deus tem
Nada lhe falta.
Nada te turbe,
Nada de espante
Só Deus basta.
Na verdade, nos dias que correm, precisamos muito que nada nos pertube, nada nos espante afinal...quem a Deus tem nada lhe falta e só Ele basta. Fiquemos com esta oração nos nossos corações e cantemo-la no silêncio das nossa almas.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Cânticos

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Romeiros da Terceira - Peregrinos do Infinito

Foi bom ouvir as palavras sentidas do Padre Dinis, sobre o que realmente é a Quaresma e o porquê de “Peregrinos do Infinito”, numa altura em que os bens materiais são casa vez mais apetecíveis ao invés dos bens espirituais, estes sim, com valor de Vida Eterna.
O Guia para este ano já está feito e foi distribuído por todos os irmãos, onde o tema do ano pastoral 2007/2008 é “Propor e transmitir a fé na sociedade actual”
Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Ensaios

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
O Terço
Este poema, lindo e sentido, é cantado pelo Roberto Carlos. É um poema que se enquadra no espirito do Romeiro em todas as suas vertentes. Quem quiser ouvir, peça-o mandando um comentário com o respectivo email, que dentro das possibilidades, enviaremos com a brevidade possivel.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
O Traje Romeiro e a sua Simbologia

terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Poema "Romeiro"

Peregrino da nossa terra
Que vais de romaria
Cantando de serra em serra
Pai Nosso Ave Maria
Teu cantar calmo e dolente
Entra fundo no coração
São Miguel de boa gente
Escuta-vos com devoção
Na mão levas o bordão
Da força e da esperança
Tua voz feita oração
Nunca pára nunca cansa
Os teus pés ensanguentados
De tão longa caminhada
Expiou muitos pecados
Daqueles que não rezam nada
Pela madrugada

Depois de alguns quilómetros palmilhados, por vezes com algum esforço, chegamos ao fim de mais um dia, com o coração cheio de tudo, prontos para outro dia que se avizinha, na companhia da Sagrada Família, presença quase imperceptível mas, que nos acarinha e apoia, em alturas de “desamparo e duvida”.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Regulamento de Romeiros VII

(Do Pós-Romaria)
Art.º 38º
O Mestre deverá providenciar um encontro para avaliação, o qual poderá ser precedido pela celebração da Eucaristia. Deverão ficar registados em acta, além dos dados de todos os peregrinos, os momentos mais significativos da caminhada, em vi-vências cristãs.
Artº 39º
Para manter o espírito de amizade e comunhão entre os Romeiros, o Mestre deverá promover reuniões mensais, sempre com um momento de Oração e um tempo para formação cristã. As reuniões deverão ser preparadas antecipadamente, em colaboração com o Pároco, devendo o Mestre providenciar para que todos os Romeiros conheçam a respectiva agenda e os demais assuntos a tratar.
SECÇÃO VI
(Do “Dia do Romeiro”)
Artº 40º
Anualmente, no 3º Domingo da Páscoa, o Grupo Coordenador organizará, em colaboração com os responsáveis locais (do Rancho e do Grupo Paroquial de Romeiros, se existir), um encontro de oração, reflexão e compromisso para Romeiros e suas famílias.
§ 1º- O encontro ocorrerá rotativamente nas localidades que tenham Rancho, devendo ser divulgada a tempo a respectiva agenda.
§ 2º- O encontro ajudará a crescer numa maior comunhão entre todos os Romeiros da Ilha, pelo que deverá ter uma parte recreativa e uma refeição partilhada, terminando com a Eucaristia.
CAPÍTULO II
(DO GRUPO PAROQUIAL DE ROMEIROS)
SECÇÃO I
(Da natureza e fins)
Artº 41º
O Grupo Paroquial de Romeiros é o conjunto de católicos, leigos, que já integra-ram Romarias Quaresmais, os quais se organizam a nível Paroquial, tendo como Assistente Espiritual o respectivo Pároco e comprometendo-se a viver no dia a dia as virtudes e valores evangélicos das Romarias.
Art.º 42º
Os fins do Grupo são: a Oração comunitária; as actividades paroquiais em que se realcem os valores evangélicos do sacrifício, da partilha e da renúncia; as acções sócio-caritativas, concretizadas na ajuda aos mais carenciados, aos diversos níveis; e a formação religiosa, moral e humana dos seus membros, de suas famílias e da comunidade em geral.
§ 1º- Os Responsáveis estudarão com o seu Assistente Espiritual, as actividades concretas para as respectivas Paróquias, adequadas às necessidades do meio e às reais capacidades dos seus membros.
§ 2º- O Grupo, quando os responsáveis forem os mesmos do Rancho de Romeiros, organizará anualmente a Romaria Quaresmal tradicional, cuidando da organização do rancho e da preparação das Romarias e dos Romeiros. Quando os responsáveis não forem os mesmos, o Grupo dará colaboração na preparação próxima dos ranchos e no pós-romaria, se tal for pedido pelos Responsáveis.
§ 3º- O Grupo organizará, em colaboração com o Pároco e com o Rancho de Romeiros- quando os responsáveis não forem os mesmos - outras peregrinações ou caminhadas, que pressuponham deslocação, em que a Oração e Penitência façam parte das mesmas.
SECÇÃO II
(Criação, Existência Oficial e Funcionamento)
Art.º 43º
O Grupo Paroquial de Romeiros considera-se criado, quando os promotores, Romeiros experientes, depois da aprovação do Pároco e ouvido o Conselho Pastoral, definirem em concreto o âmbito da actividade apostólica - nos termos do § 1º do artigo anterior – escolherem ou elegerem os seus responsáveis e iniciarem a actividade apostólica programada. Os responsáveis devem comunicar ao Grupo Coordenador a sua existência, indicando o início, bem como responsáveis, dia e local de reuniões. Deverão ainda mencionar os fins, se diferentes dos mencionados no artº 2º.
§ 1º- O Grupo deverá reunir pelo menos uma vez por mês, com agenda previamente determinada. O dia, hora e local das reuniões deverão ser fixados com antecedência, para que todos os membros os conheçam.
§ 2º- Pelo menos uma das reuniões deverá ser antecedida pela Eucaristia.
§ 3º- A reunião deverá ser iniciada com a Oração, seguindo-se um tempo de reflexão (leitura bíblica, Documentos do Magistério da Igreja e outros). Depois haverá uma parte destinada à partilha das actividades assumidas pelo Grupo, ao que se segue a marcação de outros trabalhos apostólicos, terminando a reunião com uma Oração.
§ 4º- A Oração, bem como a parte formativa e doutrinal, ficam a cargo do Assistente Espiritual, podendo, em combinação com ele, serem convidados outros Sacerdotes, Religiosos ou Leigos.
SECÇÃO III
(Membros e Responsáveis)
Art.º 44º
São admitidos ao Grupo todos os leigos, cristãos conscientes, que tenham feito três ou mais Romarias Quaresmais. A admissão é da responsabilidade dos responsáveis, ouvido o Rancho de Romeiros, se os responsáveis não forem os mesmos.
§ 1º- Os responsáveis poderão e deverão, sempre que as circunstâncias o aconselharem, admitir Romeiros com menos de três romarias.
§ 2º- O Grupo terá como animadores um Presidente que presidirá às reuniões e representará o Grupo; um Secretário, que secretariará as reuniões, elaborando actas, se for julgado conveniente e ficando encarregado da correspondência do Grupo; e ainda um Tesoureiro, para todas as questões monetárias.
§ 3º- Ouvido o Pároco, que emitirá o seu parecer sobre os candidatos, os membros elegerão os seus responsáveis, os quais desempenharão as funções por um período de três anos, podendo ser reeleitos para mais dois mandatos.
§ 4º- Excepcionalmente, nas mesmas condições do parágrafo anterior e com apoio da maioria dos membros, os responsáveis poderão ser reeleitos para mais mandatos.
CAPÍTULO III
(DO GRUPO COORDENADOR)
SECÇÃO I
(Constituição, Nomeação e Período de Mandato)
Art.º 45º
1. O Movimento terá um Grupo Coordenador, central, formado por cinco elemen-tos, nomeados pelo Ordinário da Diocese, de entre Romeiros experientes, que desempe-nharão as suas funções por um período de cinco anos, renováveis até ao máximo de três mandatos. A proposta para nova nomeação, a formular pelo Grupo cessan-te, indicará pelo menos um número não inferior a oito Romeiros, nas condições supra e dispostos a aceitar a nomeação.
O Grupo terá ainda um Assistente Espiritual para o apoiar e colaborar nas respectivas actividades. O Assistente Espiritual será igualmente nomeado pelo Ordinário da Diocese, por proposta do Grupo, o qual indicará o nome de três Sacerdotes, preferindo aqueles que já tenham participado em Romarias ou que as conheçam bem.
Art.º 46º
Após a nomeação, o Grupo elegerá um Presidente, um vice-presidente, um Secretá-rio, um Tesoureiro, sendo o outro Vogal.
§ 1º- O Presidente representará o Movimento e o Grupo Coordenador e presidirá às reu-niões do Grupo, dos Retiros, dos Encontros e dos Seminários promovidos pelo Grupo, podendo delegar. Compete-lhe ainda, podendo também delegar, os convites às pessoas - Padres e Leigos, que poderão colaborar em tais retiros e encontros - bem como os contactos com as Entidades para a disponibilização de igrejas, salões e demais espaços físicos para tais iniciativas. Tem ainda assento no Conselho Pastoral de Ilha.
§ 2º- O Vice-Presidente representará e desempenhará as mesmas funções nas ausências ou impedimentos do Presidente e bem assim quando as receber por delegação. Tem as-sento no mesmo Conselho, quando o Presidente estiver impedido.
§ 3º- Ao Secretário compete a organização das actas das reuniões, a correspondência do Grupo, bem como organizar e manter actualizados os ficheiros abaixo referidos, dos Movimentos e Ranchos de Romeiros existentes.
§ 4º- Ao Tesoureiro compete a guarda e escrituração dos dinheiros do Grupo, cuidando do aprovisionamento dos alimentos destinados aos Retiros, encontros e reuniões em que haja refeições em grupo, pagando-os depois.
§ 5º- Ao Vogal compete-lhe coadjuvar e apoiar os demais elementos do Grupo, continuada ou pontualmente, nas diversas tarefas da responsabilidade do mesmo.
Art.º 47º
Dois meses antes do termo dos mandatos do Grupo e do Assistente Espiritual, será enviada ao Ordinário da Diocese, nos termos e para efeitos do supra artº 45º, proposta fundamentada, com indicação dos Romeiros e Sacerdotes dispostos a aceitar os respectivos cargos.
SECÇÃO II
(Funções e Atribuições do Grupo)
Art.º 48º
O Grupo terá como atribuição principal a superintendência geral do Movimento “Romeiros de São Miguel”, bem como cooperar na criação e organização dos Ranchos de Romeiros nas Paróquias da Ilha de São Miguel que nunca os tiveram, ou quando o Rancho não tenha saído nos últimos seis anos, ou provenha da diáspora.
Art.º 49º
O Grupo tem ainda como funções e atribuições:-
1. Quanto ao Movimento a nível local:-
a)- Em estrita ligação com o Pároco, incentivar e apoiar a criação do Movi-mento nas Paróquias e ajudar na escolha dos seus responsáveis, na definição das respectivas actividades apostólicas e na direcção das primeiras reuniões.
b)- Possuir e manter actualizado um ficheiro com os Movimentos existentes a nível da Ilha, dele constando a actividade, responsáveis, início e carências.
c)- Promover retiros, encontros, seminários e outras acções de formação para os responsáveis e outros elementos com responsabilidades.
d)- Individualmente, os membros poderão dar apoio e colaboração em iniciativas de formação religiosa do Movimento nas Paróquias, em reuniões ou noutras iniciativas.
2. Quanto aos Ranchos novos ou a reiniciar:
a)- Em estrita ligação com o Pároco, incentivar e apoiar a criação ou reinício de ranchos nas Paróquias ou na diáspora, ajudar na escolha dos seus responsáveis, na organização e preparação das Romarias.
b)- Possuir e manter actualizado um ficheiro com os Ranchos existentes na Ilha e/ou na diáspora, dele constando os responsáveis, período de preparação, semana habitual da saída e número de romeiros em cada ano.
c)- Promover anualmente dois ou mais encontros, seminários e outras acções de formação para responsáveis, ajudantes, oradores e outros elementos com responsa-bilidades no Rancho; pelo menos um deles, antes do início da Quaresma, deverá ter características de retiro aberto, fixando-se o lema da Romaria.
d)- Promover retiros e encontros de formação religiosa, locais ou inter-paroquiais, para romeiros e suas famílias.
e)- Colaborar e apoiar a preparação próxima das Romarias e seus Romeiros.
f)- Ajudar os responsáveis na escolha do acolhimento e pernoitas nas Paróquias, na celebração da Missa diária e/ou meditações na semana da Romaria.
g)- Ajudar e apoiar os responsáveis em quaisquer iniciativas pontuais a realizar nos seus Ranchos.
h)- Promover - em colaboração com o Pároco, o Movimento ou o Rancho de Romeiros, quando aquele não existir na Paróquia – a realização do “Dia do Romeiro”, destinado a todos os Romeiros e suas famílias, tendo como objectivo, para além de uma ligeira reflexão alusiva ao espírito das Romarias, a confraternização e a amizade entre os Romeiros, bem como a troca de experiências e vivências das Romarias, se possível com um compromisso colectivo para a vida do dia a dia.
CAPÍTULO IV
(DIVERSOS E DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS)
Art.º 50º
As nomeações dos responsáveis, bem como os períodos dos respectivos manda-tos, pela forma e tempo agora definidos, só vigorarão a partir da entrada em vigor do presente Regulamento.
§ Únº- Devem os Mestres e Contramestres, em funções há mais de seis anos, depois de auscultar o rancho, se for caso disso, pedir aos respectivos Párocos que sejam confirmados nos seus cargos.
Artº 51º
Este Regulamento deverá ser obrigatoriamente revisto após 10 anos de vigência, ou antes, se o Magistério da Igreja assim o entender.
Art.º 52º
Em matéria de doutrina ou em questões controvertidas de disciplina eclesial, compete ao Assistente Espiritual sanar a divergência, decidindo sobre a maneira correcta da aplicação do articulado deste Regulamento. Em caso de dúvida ou da manutenção da divergência, compete ao Ordinário da Diocese dirimir a questão.