terça-feira, 29 de maio de 2018

A tua veste será branca como a lã

A tua veste será branca como a lã
Disse Jesus: «Quando vier o Filho do Homem em sua glória, com todos os seus anjos, sentar-se-á sobre o seu trono glorioso. Diante dele serão reunidas todas as nações» (Mt 25, 31-32).
Ali estará todo o género humano. Imagina todos os que viveram ao longo dos séculos, desde Adão até hoje: uma multidão imensa. Além disso, estarão também todos os anjos.
É impossível não se encher de temor. Até prescindindo do suplício ao qual se pode estar condenado, atemoriza a ideia de que Deus nos julgue diante de tantas testemunhas.
«O Filho do homem separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos», continuou Jesus.
Como fará esta separação? Recorrerá a algum registo?
Não, julgará com base naquilo que vê. A lã caracteriza a ovelha, a pele encrespada contradistingue os cabritos.
Tu, se fores purificado dos teus pecados, vestirás uma veste de acordo com as tuas santas acções, e essa veste será branca como a lã.

Cirilo de Jerusalém, Décima quinta catequese aos iluminandos 15, 24 

segunda-feira, 28 de maio de 2018

quinta-feira, 24 de maio de 2018

As mil línguas da única Igreja

As mil línguas da única Igreja

Quando o Espírito Santo desceu do céu e encheu com a sua presença aqueles que tinham acreditado em Cristo, estes começaram a falar em todas as línguas. Naquele tempo, se alguém falava em todas as línguas, era sinal que tinha recebido o Espírito.
O que queria demonstrar o Espírito Santo com aquele prodígio? E porque não o cumpre também agora? Evidentemente, queria ensinar alguma coisa.
Queria ensinar que o Evangelho devia chegar a todas as línguas.
Por isso, eu ouso afirmar: também hoje a Igreja fala todas as línguas e em todas as línguas proclama o Evangelho.
A Igreja é como um corpo. Num corpo, o olho pode dizer: «O pé caminha por mim» e o pé pode dizer: «O olho vê por mim».
Assim, eu digo: o grego é a minha língua, o hebraico é a minha língua, o siríaco é a minha língua. Tantas línguas diferentes e uma única fé que as une a todas, um vínculo de amor que as unifica a todas.

Agostinho de Hipona, 
Sermão Denis 19

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Pequeno apontamento para leitura e meditação




"Encontro de Jean Valjean com o bispo de Digne:

– Senhor cura – disse o homem – o senhor é cheio de bondade e por isso não me despreza. Recolhe-me em sua casa, manda acender os seus castiçais em minha honra.
Porém, eu já lhe disse donde venho e contei-lhe a minha desgraça.
O bispo, que se encontrava sentado junto dele, tocou-lhe brandamente na mão e disse:
– O senhor não precisava de dizer-me quem era. Esta casa não é minha, é de Jesus Cristo. Aquela porta não pergunta a quem entra se tem nome, mas sim se tem algum infortúnio. O senhor sofre, tem fome e sede, bem-vindo seja! Não me agradeça por isso, não diga que o recebo em minha casa. O dono desta casa não sou eu, é todo aquele que carece de asilo. Tudo quanto há nesta casa lhe pertence. Que necessidade tenho eu de saber o seu nome? Além disso, antes de mo dizer, já eu sabia o nome que lhe havia de dar.
O homem mostrou-se muito admirado.
– Na verdade? Pois já sabia como me chamava?
– Sabia – respondeu o bispo – chama-se meu irmão.

(Os Miseráveis, de Víctor Hugo)"

As acções do Espírito

As acções do Espírito

No acto da criação o Espírito santo estava presente.
Por isso, a perfeição dos seres criados não é fruto do seu progresso. Eram já perfeitos no momento em que foram criados. O Espírito estava presente e deu-lhes a perfeição.
A mesma coisa se diga a propósito do desígnio da salvação, levado a efeito pelo nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, em absoluta consonância com o amor do Pai pelos homens: quem porá em causa que a perfeita realização deste desígnio dependa do Espírito?
Convido-vos a olhar para os tempos que antecederam a vinda de Cristo.
As bênçãos dadas aos patriarcas, a ajuda concedida pelo dom da lei, as prefigurações, as profecias, as maravilhosas acções de Israel, os milagres realizados pelos justos, a preparação da vinda do Senhor na carne: tudo foi realizado pelo Espírito.
O Espírito este presente no corpo do Senhor, foi a sua unção e o seu companheiro inseparável.
A própria Igreja é obra do Espírito.


Basílio, Tratado sobre o Espírito Santo

quarta-feira, 9 de maio de 2018

A loucura da cruz é poder de Deus

A loucura da cruz é poder de Deus

Todas as acções de Cristo são motivo de glória para a Igreja universal; mas o supremo
 motivo de glória é a cruz. Assim o sentia e afirmava Paulo: «Longe de mim gloriar-me a não ser na cruz de Cristo» (Gal 6, 14). Foi certamente digno de admiração o facto de aquele pobre cego de nascença recuperar a vista em Siloé; mas que aproveitaram com isso os cegos do mundo inteiro?
Foi um acontecimento maravilhoso e acima da natureza a ressurreição de Lázaro, quatro dias depois de morto; mas só ele beneficiou desta graça: que lucraram com isso aqueles que em todo o mundo estavam mortos pelo pecado?
Admirável foi o prodígio dos cinco pães que se multiplicaram como fonte inexaurível, dando alimento a cinco mil homens; mas que proveito tiraram disso todos aqueles que sobre a face da terra são atormentados pela fome da ignorância?
Maravilhosa foi também a cura daquela mulher que Satanás retinha na sua prisão havia dezoito anos; mas de que nos serviu a todos nós, presos nas cadeias dos nossos pecados?
A glória da cruz iluminou todos os que estavam cegos pela ignorância, libertou todos os que estavam presos nas cadeias do pecado e redimiu os homens do mundo inteiro.
Gloriamo-nos da cruz do salvador. «A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós é poder de Deus» (1Cor 1, 18).

Cirilo de Jerusalém, 
Décima terceira catequese aos iluminandos 13, 1

Convite endereçado ao rancho


domingo, 6 de maio de 2018

Encontro de romeiros mensal (maio de 2018)

Tema para reflexão
"O culto ao Divino Espirito Santo e os seus símbolos” - Apresentação e explanação a cargo do irmão Cónego Francisco Dolores, seguindo-se de um período de diálogo fraterno entre todos os presentes sobre o tema.

Outros assuntos de interesse para o rancho
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