Parte
da entrevista do novo Bispo D. João Lavrador constante na Revista
Ecclesia datada de ontem, no que concerne ao movimento de romeiros.
“AE
– Para além dos Impérios do Espírito Santo e do Senhor Santo
Cristo, os Romeiros na Quaresma são muito marcantes, na Quaresma.
Podemos falar da necessidade de evangelizar cada um desses setores da
religiosidade popular açoriana?
DJL
– Mais do que religiosidade, a piedade. A piedade é boa, faz parte
da relação entre o religioso e a cultura de cada tempo, de cada
povo, da sua sensibilidade e genuinidade da própria fé.
Todo
o religioso não pode ser estático. A religiosidade, o sentido do
divino que muitas vezes se deturpa, tem muitas purificações a
fazer.
A
piedade, sendo uma interligação entre o cristão e a cultura, tem a
sua expressão cultural e tem de ter a evolução que a cultura lhe
vai colocando. Tem de ter a iluminação que, a partir da Igreja, da
renovação conciliar e da fundamentação da Sagrada Escritura, vai
ajudando a fermentar a cultura, que vai absorvendo os valores do
Evangelho, vividos a partir da realidade concreta.”
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