quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Cânticos e Orações I

Depois de publicados alguns artigos de opinião, entre outros assuntos "Romeiros" começamos aqui uma "nova fase" com a publicação de Cânticos e Orações que utilizamos.

Lenta e calma

1. Lenta e calma sobre a terra
Desce a noite, foge a luz
Quero agora despedir-me:
Boa noite meu Jesus (2)

2. Em silêncio no sacrário,
Rósea chama e tremeluz
E suaves cantam anjos:
Boa noite, meu Jesus (2)

3. Coração quem dera fosses
Lamparina e eterna luz
Porque assim eu não diria:
Boa noite, meu Jesus (2)

4. E vós, ó Virgem Maria
Dai-nos a bênção também,
Velai por nós esta noite:
Boa noite, minha Mãe (2).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Artigo enviado por um irmão Romeiro como os demais

"É só para dizer que Nossa Senhora Mãe dos Romeiros vai sempre nos amparando nas quedas e nas alegrias da vida para que todos possamos chegar ao fim com um V de vitória sobre o mal que cobre toda a sociedade de hoje."

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Numa romaria ”umas cuecas e meias lavadas é o bastante.”

Artigo publicado hoje no Jornal "A União".
Começo mais um artigo com esta pequena afirmação que um dos irmãos romeiros tem por hábito e com alguma graça peculiar dizer.
Apesar de ser uma afirmação um pouco descabida à primeira vista, não deixa de ser uma verdade Cristã, ou seja, realmente para levarmos uma vida cristã não precisamos de muito mais do que isso, tudo o mais é quase supérfluo. Tudo o mais é mero consumismo desenfreado. Tudo o mais é acumular bens materiais.
Como cristãos que somos (ou deveríamos ser) e ainda que pareça um pouco utópico deveríamos lembrar-nos das palavras que Jesus Cristo nos disse “Deixa tudo o que tens, vem e segue-me”, no entanto, uma grande maioria de nós (no qual me incluo) esquece-se disso ou, lembra-se apenas de tempos a tempos, como se essas palavras fossem meros pingos de chuva que caem da beira de um telhado “tempos a tempos” e não ininterruptamente como deveria ser.
Como homens a nossa passagem na terra é uma perpétua peregrinação, uma perpétua romaria seguindo as pegadas de Jesus Cristo em Direcção ao Pai. É nesse seguimento que nos bastaria “umas cuecas e meias lavadas” e, pegando em palavras de Santa Teresa de Ávila muito simples, belas mas de uma profundidade invulgar “Nada te turbe, nada de espante, (…) só Deus basta.”, é que nos damos conta que realmente, pouco nos basta porque, quem tem Deus consigo tem tudo.
A próxima romaria aproxima-se para (mais um ano) levarmos a cevadeira cheia de “defeitos, problemas, dúvidas, desgostos, alegrias, desejos, anseios, orações” e entregarmos nas mãos de Deus essa carga pesada que se foi acumulando durante o ano que está a terminar e Ele, como só Ele pode, libertar-nos desse peso.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Oficinas de Oração e Vida na Terceira

Artigo publicado no Jornal "A União" no dia de hoje, onde é entrevistado o nosso irmão João Dinis na qualidade de Coordenador Local das Oficinas de Oração e Vida da Terceira
João Fernandes Dinis, Coordenador Local das Oficinas de Oração e Vida na Terceira, aderiu a este nobre serviço da Igreja depois de em Fátima no ano de 2001 ter participado no Seminário do Verbo Divino em um Encontro de experiência de Deus com o seu fundador Frei Ignacio de Larrañaga. Em 2002 frequentou a primeira Oficina e em 2003 depois de formação adequada foi “enviado” Guia. Desde essa data até hoje, tem ministrado todos os anos Oficinas em vários locais da nossa Ilha, nomeadamente nas freguesias de Nossa Senhora da Conceição, São Pedro, Porto Judeu, Posto Santo, Santa Luzia da Praia da Vitória, e os restantes elementos da equipa em São Sebastião, Vila Nova e, Agualva.
O que é uma Oficina de Oração e Vida?
JFD – Antes de tudo é um método para aprender a orar. Não é um método teórico, mas sim prático, é como numa oficina em que trabalhando se aprende a trabalhar, aqui, orando, se aprende a orar. Por isso se chama Oficina, porque se faz uma aprendizagem na prática da oração. Passo a passo aprende-se a entrar numa relação pessoal com o Senhor, desde os primeiros passos até às profundidades da contemplação.
A Oficina de Oração e Vida é portanto um serviço dedicado à piedade?
JFD – Não, é também uma Oficina de Vida. Pela prática da fé e do abandono, e como consequência da prática da oração, quase sem se dar por isso, o participante (oficinista) vai curando as feridas do coração, sufocando as angústias da alma, afugentando os medos até conseguir o controlo dos nervos e uma grande serenidade. E por esse caminho o oficinista vai conseguindo uma paz interior nunca imaginada. Desaparece a tristeza e recupera definitivamente a alegria de viver.
Pelo que conclui, com a prática da piedade e a aprendizagem da prática do abandono entre outras, o oficinista vai-se transformando?
JFD – Sim, mas a Oficina de Oração e Vida não é só isso. Contemplando a figura de Jesus e copiando-O, lentamente o oficinista vai-se transformando numa pessoa mais paciente, mais humilde, mais compreensiva como Jesus, manso, suave e bondoso como Jesus. E isto provoca no oficinista a maior satisfação que poderá obter neste mundo: o conseguir superar-se a si mesmo e transcender os seus próprios limites.Mas todas estas dádivas não nos caem do céu como um presente de Natal. Há que pagar um preço e o preço é viver a sério uma Oficina; o que quer dizer, assistir a todas as sessões, desde a primeira à última, ser pontual e praticar a Sagrada Meia Hora diária.
Algumas pessoas poderão concluir que a recitação do terço, de uma oração espontânea ou a prática habitual da Eucaristia não são então suficientes para se atingir a plenitude?
JFD – Certamente que são, mas para além disso podemos reflectir no seguinte:Rezar um Pai Nosso é fácil. Rezar uma Salve Rainha é fácil. Inclusive é fácil rezar um rosário. Mas isso não é orar; isso é rezar.Mas estabelecer uma relação de amizade estando verdadeiramente a sós com Aquele que sabemos que nos ama… isso não é fácil.Orar não é um intercâmbio de palavras mas de interioridades: “estás comigo”; “estou contigo”… sentir isso profundamente não é fácil.Mas para orar nem sempre precisamos da boca nem da garganta, ainda que também possamos, como é natural, orar com as orações tradicionais.Dizer e sentir, por exemplo: “meu Deus, Tu me envolves me conheces e me amas”; ficar quieto e em silêncio, sentindo Deus por dentro e fora de mim como uma Presença maravilhosa… isso não é fácil.A Oficina em suma quer levar o oficinista passo a passo a orar em profundidade e fazer-se grande amigo de Deus.
Depois do esclarecimento sobre os fundamentos duma Oficina de Oração e Vida falta-nos saber dos conteúdos, de que se compõe uma OOV?
JFD – Compõe-se de 15 sessões. Uma sessão por semana. Cada sessão tem a duração aproximada de 2 horas.Nas duas primeiras sessões experimentaremos o amor terno e gratuito de Deus Pai.Na terceira sessão consciencializamos o fundamento da fé.Na quarta contemplamos Maria como “Mulher de Fé”Na quinta e sexta trabalhamos a cura integral.Nas sessões oitava e nona entramos resolutamente no contacto pessoal com o SenhorA partir da décima sessão iniciamos a transformação de vida segundo Jesus Cristo.Finalmente terminamos com o grande dia do DesertoUma novidade nas oficinas, são as Modalidades que são as diversas maneiras que aprendemos para nos relacionarmos com Deus ou formas diferentes de orar. Assim o oficinista vai experimentando maneiras diversas de se relacionar com Deus, e uma vez terminada a oficina, escolhe aquelas modalidades que melhor se adaptem ao seu modo de ser.
A quem se destinam as Oficinas de Oração e Vida?
JFD – Para finalizar é importante referir que não pretendemos instituir comunidades de oração, no sentido em que não temos nenhuma pretensão que não seja a de ensinar a orar e a viver cristãmente.Um serviço limitado e provisório, no sentido em que, uma vez completado o nosso serviço das quinze sessões, damos por cumprido o nosso objectivo e retiramo-nos.As Oficinas são um serviço aberto, na medida em que oferecemos este programa a todos os que buscam Deus sinceramente: simples cristãos, grupos apostólicos, agentes de pastoral, catequistas, os afastados da Igreja, os excluídos dos sacramentos, protestantes de diferentes denominações…
Qual o vosso programa de actividades para este ano de 2010?
JFD – Para este ano que ora começa, temos programado três oficinas:·
Na Paróquia de São Pedro de Angra com inicio a 11 de Janeiro pelas 20h00·
Na Paróquia de Santa Luzia de Angra com inicio na 3ª., semana de Janeiro·
Na Paróquia da Ribeirinha com inicio na 4ª., semana de Janeiro·
Um encontro para casais com inicio em finais de Março
Todas estas actividades terminam durante o mês de Maio e devido à especificidade religiosa dos Açores proceder-se-á a uma paragem para as festas de Verão, ao que retomaremos o trabalho em Outubro, com outro ciclo de Oficinas noutras localidades.