(Da Confraria de Nossa Senhora da Conceição)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Quatro romeiros
Quatro romeiros que
simbolizam um rancho inteiro. Temos o menino da Cruz, que para além de ser o
mais importante (sem ele nenhum rancho sai à rua) simboliza também todos
aqueles que incorporam o rancho e também por quem oramos.
Os irmãos que ladeiam
o menino da Cruz, não só representam os irmãos guias, como todos os demais,
tenham alguma função específica sejam "apenas" os que "escolheram a melhor parte" ou
aqueles que “caminham à nossa frente, para que nada nos falte”. Mais atrás, e no caso do rancho que faço
parte, temos a graça de Deus de ter também um sacerdote (vê-se pelo
colarinho/cruz), um guia espiritual, que connosco caminha ano após ano (para além do que
fica em oração no Santuário).
Olhando para este
enorme rancho, que representa todos os ranchos do Movimento de Romeiros de São
Miguel,
apercebo-me de que quem os fez ARRISCA-se a ter que fazer muitos mais.
(Um irmão romeiros, como os demais)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Eu procuro o rosto do Senhor...
“Eu procuro o rosto do Senhor,
eu procuro a Sua imagem
dentro do meu coração”[1]
Irmãos,
foi com esta frase, que serve de titulo, que mais uma vez me
aventurei a tentar escrever-vos algumas palavras, nesta altura do ano
litúrgico, como sinto que me compete.
Estamos às portas do NATAL!
Aquele Messias prometido pelos
Profetas, durante muitos séculos, no tempo do Pai, «fez-se homem e veio habitar connosco»[2]
Neste tempo, que é o nosso,
estamos a viver o tempo, não da adoração do Deus menino, com tudo o que ela
engloba, mas sim da adoração do dinheiro, do prazer, do consumismo e tudo o
mais, que vai contra o verdadeiro espírito do Natal. Até já trocamos o São
Nicolau pela criação mais duradoura do mercado, o “Pai Natal”. Nesta época, não
há festa ou templo de compras que não tenha uma pessoa a encarnar
essa figura. Não há montra ou caminho, que nesta época não esteja iluminada com
luzes de mil cores, enquanto Aquele que veio ao mundo por nós, fica de parte ou
até mesmo esquecido, e a Sua verdadeira luz encerrada num canto da casa ou apenas
iluminando os sacrários das Igrejas. Há alguns dias até o Santo Padre Papa
Francisco, numa das suas homilias referiu este facto, dizendo:
“Estamos perto do Natal: haverá luzes, festas, árvores iluminadas,
presépios… mas é uma farsa. O mundo continua a fazer as guerras. Não escolheu o
caminho da paz”
Neste tempo do Advento, devemos
parar um pouco e repensar o nosso modo de estar e viver o Natal sincero e
verdadeiro. Não quero dizer com isto, que comprar algumas lembranças para
oferecer aos familiares mais diretos ou amigos de longa data seja errado, eu
próprio o faço, no entanto, além de comedido, tenho sempre O menino no meu
pensamento e não um homem gordo, de longas barbas brancas e com roupa vermelha
de uma bebida gaseificada.
Graças a Deus que ainda existem pessoas, famílias e instituições que encontram o
rosto do Senhor nos sem-abrigo, nos desprotegidos, nos idosos e na
restante sociedade que é posta de parte e que apenas são um número e nada mais,
e veem a Sua imagem dentro dos seus corações.
Graças a Deus que ainda existem pessoas e famílias que teimam em passar de
geração em geração, que a adoração ao Deus menino é o 1º mandamento e tudo o
mais está para além do 10º mandamento.
Estamos há porta do NATAL, irmãos.
O Natal, que esperamos, não
deverá ser, como se fosse a primeira vinda de Cristo, mas sim um reviver
em nós o Seu nascimento. Jesus nasceu pela primeira vez em nós no dia em que
fomos batizados, e deverá continuar a renascer em nós todas as vezes que O
recebemos no Sacramento da Eucaristia.
Neste Natal procuremos o rosto do Senhor e
encontre-mo-lO dentro dos nossos corações, são os meus sinceros e sentidos votos para todos vós, irmãos.
Paulo Roldão
(Um irmão romeiro, como os demais)
sábado, 12 de dezembro de 2015
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Homilia da Véspera de Nossa Senhora da Conceição
Proferida pelo Padre Alexandre,
Reitor do Seminário de Angra do Heroísmo.
Imaculada Conceição 2015
“Ave Maria, cheia de graça,
Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal, Mãe de Misericórdia, rogai por nós
pecadores! Aqui nos prostramos, para que a nossa humanidade ferida seja digna
de vos louvar e convosco seja mais divina e por isso autenticamente humana”
Digníssimo Reitor deste Santuário!
Caríssimos Irmãos e Seminaristas!
Caros ouvintes, doentes e
emigrantes!
A solenidade que celebramos encerra
em si toda a grandeza da redenção da humanidade, dando pleno sentido e culminando
desde já o Ano Santo da Misericórdia que iniciamos, numa espécie de trailer que resume tudo o que deveríamos
ser.
Deus nunca abandonou a fraqueza
humana, nem as nossas misérias. Conhece os nossos limites e o nosso pecado e
sabe que não somos capazes de uma felicidade sem Ele. O pecado dos nossos pais
e de cada um de nós, expresso neste texto do Génesis, em que Adão e Eva se
deixam corromper pela astúcia da serpente, é a história de cada pecado. Reparai
que Adão acusa Eva de o ter corrompido e Eva acusa a Serpente. O pecado faz
isso, depois de realizado, separa, divide, acusa, gera medo e indiferença. Até
têm medo de Deus: “ouvi o rumor dos teus passos no jardim e, como estava nu,
tive medo e escondi-me”. Num último momento, o homem esconde-se, porque reconhece
que fez mal. O problema está aí: ficar no esconderijo das máscaras que se
arranjam para dizer a todos que tudo está bem. E não faltam ideologias que
mentem e enganam a nossa própria realidade.
Apesar da nossa
debilidade, o sonho do amor louco e sumamente criativo de Deus torna-se
realidade quando prepara a vinda do Seu Filho, já antecipado na concepção de
Sua Mãe. Um projeto de amor desde toda a eternidade, numa história que se
define de salvação! Por isso, celebramos a solenidade da
Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, como doutrina que sustenta «que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro
instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus omnipotente,
em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, foi preservada
imune de toda mancha de pecado original». Desde o seu primeiro instante ela
está isenta do pecado, cheia de graça, cheia de Deus.
Ao longo da História, a Igreja sempre ensinou a olhar para Maria não só
como testemunha e modelo, mas também como criatura particular da Misericórdia
de Deus. Maria foi redimida como todos nós, mas com a excepcionalidade de o ter
sido desde o primeiro instante da sua existência isenta de toda a mancha do
pecado. Por isso, a Igreja Oriental a descreve como “Παναγὶα”, toda santa! Ela é
como que a arca segura no meio do dilúvio, a aurora da nova criação. Em Maria
vislumbramos o plano original do criador, e o horizonte do homem redimido. A
mensagem do Evangelho da Misericórdia tomou forma concreta, mundana, humana, na
qual compreendemos a força transformadora de Deus, não somente com a mente, mas
também com o coração. Maria não é só modelo e ideal de uma renovada civilização
e espiritualidade cristã da misericórdia, mas também, intercessora
misericordiosa para cada cristão. Por isso, no séc. XV, foi acrescentada à
oração da Ave Maria da saudação do Anjo e da sua prima Santa Isabel a súplica: “rogai
por nós pecadores agora e na hora da nossa morte”. Esta oração nem sequer é
estranha ao próprio Lutero, que, num comentário ao Magnificat, afirma “Cristo
nos conceda isto através da intercessão e a vontade da sua querida mãe Maria”. No
entanto, tal não nega que Cristo seja o único Mediador, para O qual aponta
sempre a Sua Mãe.
Maria mostra-nos uma coisa: o Evangelho da
Misericórdia de Deus em Jesus Cristo é o melhor que jamais nos foi dito e que
nós podemos ouvir, e é simultaneamente o que de mais belo pode existir, porque
pode transfigurar-nos, e ao nosso mundo. É um dom e ao mesmo tempo uma tarefa,
que devemos viver e testemunhar com a nossa palavra e com a vida, para que o
nosso mundo seja mais quente, luminoso, digno de ser vivido e amado!
Por isso, após esta Eucaristia
teremos a oportunidade de nos aproximarmos mais de Cristo, através do modelo
que é a Mãe da Misericórdia, Nossa Senhora da Conceição, ao sermos convidados a
celebrar o Sacramento da Reconciliação, nesta noite da Misericórdia, uma
oportunidade extraordinária e iniciativa da Zona Pastoral de Angra.
Afirma o Papa Francisco na Bula de
Proclamação deste ano.
“O pensamento volta-se agora para a
Mãe da Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para
podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como
Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida,
tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado
Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou
intimamente no mistério do seu amor.
Escolhida para ser a Mãe do Filho
de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da
Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina
em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar
da casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende «de geração em
geração » (Lc 1, 50). Também nós estávamos presentes naquelas palavras
proféticas da Virgem Maria. Isto servir-nos-á de conforto e apoio no momento de
atravessarmos a Porta Santa para experimentar os frutos da misericórdia divina.
Ao pé da cruz, Maria, juntamente
com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de perdão que saem dos
lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou, mostra-nos até
onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta que a misericórdia do
Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém.
Dirijamos-Lhe a oração, antiga e sempre nova, da Salve Rainha, pedindo-Lhe que
nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça
dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus”.
Salve, Rainha,
Mãe misericordiosa,
vida, doçura e esperança nossa,
salve!
A vós bradamos os degredados filhos
de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e
chorando
neste vale de lágrimas.
Eia pois, advogada nossa,
esses vossos olhos misericordiosos
a nós volvei,
e depois deste desterro mostrai-nos
Jesus,
bendito fruto de vosso ventre,
ó clemente,
ó piedosa,
ó doce sempre Virgem Maria.
Rogais por nós Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das
promessas de Cristo.
domingo, 6 de dezembro de 2015
Pensamento
Pensamento
(partilha do Irmão João Dinis)
(partilha do Irmão João Dinis)
A
minha vida espiritual para além da participação semanal na santa Missa enriquece-se
diariamente com a oração dos Romeiros – o terço, e embora como leigo não seja
obrigado a fazê-lo rezo as Horas Santas: As Laudes pela manhã, ocasionalmente o
Oficio de Leitura as Vésperas ao fim do dia e antes de me recolher as Completas.
Muito,
muito raramente rezo o Oficio dos Santos.
Impeliu-me
o Senhor que no passado dia 3 de Dezembro dedicasse algum tempo por aquelo ofício
descobrindo que a Santa Igreja celebrava naquele dia a Memória de São Francisco
Xavier.
São
Francisco Xavier, nasceu em Navarra, Espanha em 1506, foi ordenado sacerdote em
Roma em 1537. Em 1541 partiu para o Oriente, evangelizando incansavelmente a
India e o Japão durante 10 anos. Morreu em 1552 na China.
Enquanto
estudante, esteve em Paris, encontrando-se com S Inácio de Loyola de que eram
conterrâneos e se tornaram particularmente amigos.
Enquanto
no Oriente escreveu uma carta a S. Inácio de Loyola de que passo a transcrever
parte.
“Viemos por povoações de
cristãos, que se converteram há oito anos. Nestes sítios não vivem portugueses,
por a terra ser muito estéril e extremamente pobre. Os cristãos destes lugares, por não ter quem os instrua na nossa fé,
somente sabem dizer que são cristãos. Não tem quem lhes diga Missa e, ainda
menos, quem lhes ensine o Credo, o Pai-Nosso, a Ave-Maria e os Mandamentos.
Quando eu chegava a estas povoações, batizava todas as crianças por batizar.
Desta forma, batizei uma grande multidão de meninos que não sabiam distinguir a
mão direita da esquerda. Ao entrar nos povoados, as crianças não me deixavam rezar o Oficio divino, nem comer, nem
dormir, e só queriam que lhes
ensinasse a rezar…”
Por
cá temos abundância de oferta, imensos sacerdotes competentes e disponíveis
liderando várias iniciativas de evangelização como aconteceu com o nosso rancho
no defeso cuja participação dos irmãos foi confrangedora…
sábado, 5 de dezembro de 2015
Pensamento
Pensamento
(partilha do Irmão Antas de Barros)
(partilha do Irmão Antas de Barros)
Alguém disse
ou escreveu "A Romaria é só para
pecadores" e tendo encontrado vários irmãos entusiasmados em
apresentar um amigo que também gostava de incorporar o rancho de romeiros,
interpelei-o: "Consideras-te
pecador? resposta (algo chocada): Não, nada disso!".
Este pequeno
episódio revela que os jovens são muitas vezes impelidos pela natural
curiosidade ou o desejo de vencer o desafio, sem compreender que se trata de atos
piedosos e penitenciais, mas os caminhos de Deus são imperscrutáveis, nunca
saberemos se este convite dos nossos amigos nos pode mudar o nosso
discernimento.
Tudo começa
por um "achar graça" e
pode nos conduzir a "achar a Graça".
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Pensamento
"Pensamento"
(partilha do Irmão Valter Mateus)
(partilha do Irmão Valter Mateus)
No passado mês na
freguesia de São Pedro, concelho de Nordeste, celebrou-se o Lausperene Mariano.
Já alguns anos que o Padre desta paróquia celebra esta "festa" em
honra e louvor ao Santíssimo Sacramento. Durante todo o dia existem as horas de
silêncio e horas de celebração dos diferentes movimentos da Igreja. Na última
hora coube ao Rancho de Romeiros de São Pedro Nordestinho fazer as suas
orações, intenções e cantar alguns cânticos. Eu, sendo o responsável pelo
mesmo, escolhi três cânticos que usamos na Romaria da Terceira, nomeadamente
"Perdão Meu Deus", "Como o sol que se levanta"
e "Virgem Bendita". Queria concluir que foi muito bom
relembrar aquilo que aprendi na romaria da Terceira, levando essa aprendizagem
para outros horizontes.
4 de dezembro de 2015
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Pensamento
Se pudéssemos incorporar
uma romaria, mas também estarmos do lado de fora, do lado de quem nos vê nos caminhos
da ilha, possivelmente iríamos deparar-nos com o que esta fotografia nos revela.
Se alguns daqueles que do lado de fora nos vêm, olhassem mais longe, para além de nós, pobres pecadores, romando
até ao infinito, também teriam um
encontro com Deus mais profundo e mais do que o mero olhar, descobririam que
Ele está em todo o lado, especialmente nos pormenores e detalhes, como o que esta
imagem me transmitiu e ao vê-la, sem me aperceber, olhei para além dela.
“Pega
na minha Cruz e segue-Me e Eu guiar-te-ei
pelos caminhos que te levarão há minha
Ressurreição.”
(Um
irmão romeiro, como os demais)
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Sentidas condolências
Foi
com enorme consternação que o rancho recebeu a notícia do
falecimento da mãe do nosso Cónego (Padre) Dolores.
Sentidas
condolências e que Deus Nosso Senhor a receba na sua infinita
glória.
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