terça-feira, 29 de maio de 2012

Encontro do mês de junho

Irmãos em Cristo,

Atendendo a que durante estes 6 anos de romaria, em 3 vezes (pelo menos) tivemos a graça de Deus, de nos encontrarmos com Ele na exposição do Santíssimo;
Atendendo a que as nossas famílias são o nosso suporte;
Atendendo a que a partir de meados do mês que vem começa o tempo de festas/férias de verão, propus aos irmãos presentes o seguinte:

Uma celebração eucarística precedida de uma exposição do Santíssimo, tendo esta proposta sido aceite por todos.

Assim, a data que ficou marcada foi o dia 17 de junho pelas 13:20, começando a exposição do santíssimo pelas 13:30 e a celebração eucarística logo de seguida pelas 14:00. Os irmãos que possam estar presentes deverão levar apenas o lenço e o terço, acompanhados das respetivas famílias, caso estas tenham disponibilidade. Os cânticos que iremos cantar calmamente poderão ser vistos aqui. Com esta celebração e especialmente em família, a contemplação vinda dessa adoração será de uma riqueza infinita.

As reuniões recomeçarão em meados de setembro, em data oportunamente a definir.


Paulo Roldão
(um irmão romeiro, como os demais)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

PORQUÊ REZAR O TERÇO TODOS OS DIAS?

"A Senhora de Fátima, mãe de Deus, recomendou aos pastorinhos e a nós, que rezasse-mos o terço todos os dias. Porquê? Porquê todos os dias e não algumas vezes ao longo da vida como a maioria infelizmente pratica?
Esta é uma interrogação que me tem acompanhado ao longo do tempo sem que até agora tenha encontrado alguma resposta, para semelhante apelo.
Meditando sobre a obra literária de Frei Ignacio de Larrañaga (Frade Capuchinho fundador dos Encontros de Experiência de Deus e das Oficinas de Oração e Vida) descobri que a Mãe ao longo da sua vida viveu também cheia de interrogações como nós, e não desesperou por causa disso.
Quem busca, caminha. E a Mãe foi caminhante porque buscava, e buscava porque não sabia tudo. Se a Mãe tivesse tido conhecimento do quanto nós sabemos, não teria necessidade de buscar.
Que interrogações terá tido após o diálogo com o Anjo Gabriel?
Como se inteirou Herodes do nascimento do Menino?
Porque tinha de o aniquilar?
Durante quanto tempo teria que estar no Egipto?
Que palavras estranhas do velho Simão? Que quereria ele dizer com tamanho disparate de que o menino seria sinal de contradição e que uma espada atravessaria o seu coração?
Encontrá-lo-ia depois de o perder no templo de Jerusalém?
E os horrores do Calvário?
Como entender tudo aquilo depois de o anjo Gabriel lhe ter dito que Seria Grande, teria ela sonhado? Tido alguma alucinação?
Nós hoje sabemos o que se passou mas à data dos acontecimentos Ela não sabia.
Existe alguma comparação com a amplitude das dúvidas e interrogações dela e as minhas? Claro que não.
Então porque ocupar o meu tempo com coisas menores.
Como cristão católico e romeiro creio nessa SENHORA extraordinária, por isso irei rezar todos os dias sem desfalecimentos, nem desculpas.

Quanto há questão do porquê? É meu entendimento que um dia me será “transmitido”.

Artigo da autoria do irmão João Dinis (procurador das almas)

Em jeito de complemento a este excelente artigo aqui poderão descarregar o ROSARIUM_VIRGINIS_MARIAE.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

SENHOR SANTO CRISTO NUM 13 DE MAIO

"Neste Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, tanto as celebrações de Fátima, na Cova da Iria, a caminho do centenário, a ocorrer em 1917, como a maior das festividades da Diocese de Angra, a Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres, ocupam o mesmo dia do calendário. De todos os peregrinos alegramo-nos, sobremaneira, com a presença do Núncio Apostólico do Santo Padre.

A visitar esta imensidão de mar de descobertas, pontilhados das nove Ilhas dos Açores, nascidas de vulcões e embaladas nos sismos, que nos fazem lembrar as fragilidades das terras e das gentes que as habitam. Terra de Romeiros, à busca do Infinito, ponteando entre os dedos os rosários de Ave - Marias.

Em pleno Sexto Domingo de Páscoa, que muitos dizem do “Quinto Domingo do Espírito Santo”, a aguardar o Pentecostes que culmina o Mistério da Ressurreição, inseparável da Sexta-feira da Paixão do “Ecce Homo”, que não mais nos faz esquecer os estados de alma dos que contemplam a imagem do Senhor Santo Cristo.

De épocas bem distintas, um denominador comum sublinha estes dois eventos religiosos de marcada índole popular: O sofrimento dum povo, muitas vezes, nómada pelas emigrações e esperança de uma vida melhor. Sempre num horizonte que nunca coube no rectângulo Continental, que forjou “Os Lusíadas” do Planeta que habitamos.

Milhares de devotos a sério. E curiosos, de olhos esbugalhados, a tentarem perceber o que é cumprir-se uma promessa com a fidelidade do sofrimento, que nos redime. Gente vinda nas caravelas do passado, ou regressados em aviões, para sentirem as emoções do que é estar numa Procissão do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Passados mais de três séculos, desde 1700, que do Convento de Nossa Senhora da Esperança, uma multidão imensa deita âncoras diante do porto seguro, para reviver a história da Fé, que é preciso ter a humildade de reaprender com os simples e mais pobres. A Nova Evangelização também se faz nos mares da religiosidade de um povo.

Que a sonoridade das filarmónicas, nem o colorido dos tapetes e colchas das varandas nos faça arredar do baldaquino, onde cada um de nós tem uma lição a aprender. Muito antes da Missa e da Procissão, já nos corações de muitos a gratidão da Fé e a identificação de situações dramáticas passou pela vida de muitos."

Artigo da autoria do Padre Dolores publicado aqui

terça-feira, 8 de maio de 2012

Uma capela como Maria


Saudade, palavra única, palavra portuguesa e sem tradução possível, apenas sentida.

Nesta pequena capela do Santíssimo Sacramento, Ele espera por nós, pelas nossas orações, pelas nossas conversas, pelos nossos pedidos, pelos nossos desabafos e pelos nossos agradecimentos. Local pequeno mas enorme de significado, gigantesco de fé e esperança. A luz ali existente poderá parecer pouca mas, é a única luz que precisamos para nos iluminar o caminho até Deus.

Aqui já nos ajoelhámos inúmeras vezes para Lhe orar, mas mesmo assim muito poucas, comparativamente com a cruz que carregou por todos nós. Aqui também já tivemos a graça de Deus, de termos celebrado o Santo Oficio na companhia dos irmãos que nos acompanharam e tendo sido celebrante o “nosso” irmão Padre Dinis.

Local pequeno, como disse, mas onde cabem todos aqueles que O sentem, até aqueles que menos esperamos. Singela, simples e humilde, como Maria e local onde um dia me consagrei a Nossa Senhora.

Ele está ali permanentemente por nós e para nós. Tiremos uns breves momentos do nosso tempo fútil e tornemos esses breves momentos úteis a Deus.

Paulo Roldão
(um irmão romeiro, como os demais)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Procissão de velas dia 12 de maio

Informam-se todos os irmãos romeiros e demais interessados que no próximo sábado dia 12 de maio, irá ocorrer a procissão de velas. A missa será pelas 18:15, seguindo-se a recitação do terço e procissão propriamente dita.
Aos irmãos que possam, deverão estar pelas 18:00 na igreja, trazendo o xaile, lenço e terços.
Obrigado.

Paulo Roldão
(um irmão romeiro, como os demais)

Para que o silêncio se torne grito

"Faço parte do Comunhão e Libertação desde há 4 anos. Por volta desta altura do ano realiza-se um retiro com três lições e, no encontro deste ano no Vimeiro, tirei algumas notas que julgo valer a pena partilhar convosco.
Na primeira lição partimos da constatação da nossa inconsistência, da diversidade de perspectivas e da persistência do mal, que se confronta com a nossa sede de ser mais e melhor e com a afirmação de que Cristo está e estará connosco. De onde se conclui que o homem só consegue voltar a partir da queda e do erro partindo de Cristo, numa moralidade que parte da humilhação e da humildade para que Cristo preencha o nosso nada.
Na segunda lição reafirma-se que toda a realidade é feita para o homem e que Deus criou o mundo para afirmar a pessoa. Que importa ganhar tudo se nos perdemos? Para além do moralismo e da piedade precisamos ser leais à nossa humanidade. O eu livre e auto -consciente é tudo o que temos contra o poder efémero da autoridade e do dinheiro.
Na terceira lição aprendemos que o Eu não deve ser reduzido ao saber de cada um, numa atitude farisaica de já sabido, mas tem de estar aberto ao espanto de Cristo. As Bem-Aventuranças louvam a fome e a sede para colocar Cristo no coração e não são apenas uma reafirmação das regras morais da Lei de Moisés. E para estar aberto ao espanto é necessária uma caminhada atenta aos sinais de Cristo, que são a verdade, a realidade, numa ambicionada certeza do seu amor para com simples pecadores."

Artigo do irmão Tomaz Dentinho, publicado na Revista U, do Jornal "A União"

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Via Sacra

"Fui passar a Páscoa a Dublin na Irlanda, lá para onde um dos meus irmãos emigrou com a família no começo da crise na construção e para onde é possível viajar por low cost.
Os dias de Páscoa servem para dar espaço à oportunidade de celebrar e viver a redenção do homem. Nos tempos que correm as oportunidades são mais difíceis de ver pois muitos já não participam nas celebrações oficiais. O desafio é encontrar a celebração na vida do quotidiano com palavras que ficam quando transmitidas do coração, com o tempo que os corações precisam para comunicar como nos lembrou recentemente a Igreja.
Um bom tempo de comunicação é a Via Sacra. Este ano não pude ir nessa boa Via Sacra que é a Romaria de Nossa Senhora da Conceição pois estava no Huambo. No entanto não deixaram de me dar possibilidades para que o coração falasse, tangencialmente aproveitadas pela minha falta de fidelidade e de misericórdia. No Huambo disse ao meu colega que tinha sido santo, depois de tomar a iniciativa, que eu não tive, de pedir desculpa, no seguimento de uma briga intergeracional, interdisciplinar e interideológica sobre o plano do município. No caminho de Lacluta a sete horas de Díli percebi uma vez mais a relatividade da centralidade pois é lá, no fim do nosso mundo, que o Padre Abel Soares semeia e potencia a esperança de Timor e de Portugal. Na muralha da China constatámos a busca de fé dos que a percorreram chegando ao limite da fortaleza alongada naquela passagem para a China. E no Phoenix Park de Dublin ouvimos, escutámos e encontrámos o testemunho de Fidelidade e Misericórdia da via da cruz. A vida é uma viagem que pode ser sacra."
Artigo do irmão Tomaz Dentinho, publicado na Revista U, do Jornal "A União"