segunda-feira, 7 de maio de 2012

Para que o silêncio se torne grito

"Faço parte do Comunhão e Libertação desde há 4 anos. Por volta desta altura do ano realiza-se um retiro com três lições e, no encontro deste ano no Vimeiro, tirei algumas notas que julgo valer a pena partilhar convosco.
Na primeira lição partimos da constatação da nossa inconsistência, da diversidade de perspectivas e da persistência do mal, que se confronta com a nossa sede de ser mais e melhor e com a afirmação de que Cristo está e estará connosco. De onde se conclui que o homem só consegue voltar a partir da queda e do erro partindo de Cristo, numa moralidade que parte da humilhação e da humildade para que Cristo preencha o nosso nada.
Na segunda lição reafirma-se que toda a realidade é feita para o homem e que Deus criou o mundo para afirmar a pessoa. Que importa ganhar tudo se nos perdemos? Para além do moralismo e da piedade precisamos ser leais à nossa humanidade. O eu livre e auto -consciente é tudo o que temos contra o poder efémero da autoridade e do dinheiro.
Na terceira lição aprendemos que o Eu não deve ser reduzido ao saber de cada um, numa atitude farisaica de já sabido, mas tem de estar aberto ao espanto de Cristo. As Bem-Aventuranças louvam a fome e a sede para colocar Cristo no coração e não são apenas uma reafirmação das regras morais da Lei de Moisés. E para estar aberto ao espanto é necessária uma caminhada atenta aos sinais de Cristo, que são a verdade, a realidade, numa ambicionada certeza do seu amor para com simples pecadores."

Artigo do irmão Tomaz Dentinho, publicado na Revista U, do Jornal "A União"

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