domingo, 24 de fevereiro de 2013

Procissão do Senhor dos Passos



Mais do que transportar aos ombros as imagens nos seus andores, olhemos para elas, não por aquilo que são,"meras imagens", mas sim por aquilo que as mesmas representam, por aquilo que nos fazem recordar ano após ano.
O Filho que deu a vida por nós, e a mãe que na sua extrema humildade acompanhou-O sempre em silêncio e oração, sendo das poucas pessoas que esteve ao pé dele no derradeiro momento. Meditemos no grandioso mistério deste encontro e peçamos a Deus, que no nosso derradeiro dia, possamos olha-lO face a face, com a humildade e simplicidade, como a Sua e nossa mãe Maria Santíssima.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


No retiro preparatório para a VII Romaria ocorrido no dia 19 do passado mês de janeiro, um dos temas ali apresentados foi sobre a “” a cargo do padre Júlio. Baseou-se apenas em duas passagens bíblicas. A primeira foi sobre Zaqueu, o cobrador de impostos e a segunda foi sobre o jovem rico. Depois de algum aprofundamento do tema, ocorreu-me escrever o presente artigo.
O jovem rico[1] - Aproximou-se dele um jovem e disse-lhe: «Mestre, que hei-de fazer de bom, para alcançar a vida eterna?» Jesus respondeu-lhe: «Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas, se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos.» «Quais?» - perguntou ele. Retorquiu Jesus: Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe; e ainda: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: «Tenho cumprido tudo isto; que me falta ainda?» Jesus respondeu: «Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» Ao ouvir isto, o jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens.
Zaqueu, cobrador de impostos[2] - Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos. Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali. Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.» Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria. Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador. Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.» Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»
Lendo, mas sobretudo meditando sobre estas duas passagens bíblicas, quantas vezes agimos como Zaqueu e quantas vezes agimos como o jovem rico?
Possivelmente, e por inúmeras vezes tomamos a atitude do jovem rico, cumprimos todos os preceitos, vamos à missa todos os domingos, “batemos no peito – por minha culpa, minha tão grande culpa, no entanto, não queremos prescindir de nada que possuímos, materialmente falando. Não queremos deixar tudo e segui-lO. Ao contrário de Zaqueu, queremos que a nossa estatura seja enorme, tudo menos pequena, e mais do que sermos observados por Deus, queremos ser vistos pelos homens, agindo mais como o fariseu[3] do que como o cobrador de impostos[4]. Queremos que Cristo nos traga a salvação mas ao mesmo tempo não queremos segui-lO como nos disse.
Mais do que ser jovem rico, isto é, cumprir todos os preceitos de Deus, penso que devíamos agir mais como Zaqueu, o qual, depois de tê-lO verdadeiramente visto, a salvação entrou na sua casa.
Para algumas pessoas, Zaqueu poderá parecer um “marginal”, já que não se mostra disposto a alinhar em fileiras cheias de entusiamo exacerbado, ele, quase que instintivamente procura um esconderijo entre os ramos do sicómoro. Poderá até parecer um ato de orgulho, mas afinal de contas, ao contrário daqueles que “seguiam a moda” como ainda ocorre nos nossos dias, ele estava bem ciente da sua pequena estatura, das suas faltas e das suas lacunas em relação a Deus. E nós estamos realmente cientes da nossa pequenez, das nossas faltas e das nossas lacunas?
Mais do que ser jovem rico, isto é, cumprir todos os preceitos de Deus, desejo ardentemente ser como Zaqueu. O mundo em que vivemos, a igreja e a sociedade em que estamos inseridos, mais do que pudemos estar dispostos a admitir (publicamente ou não) depende principalmente dos Zaqueus seduzidos pelo olhar de Deus, escondidos entre os ramos de um sicómoro, do que de jovens ricos, que apenas cumprem os preceitos de Deus, mas não se convertem verdadeiramente, retirando-se assim contristados, porque possuem muitos bens e não procuram o Filho do Homem que vem constantemente procurar e salvar os que estão perdidos.
Paulo Roldão
(um irmão romeiro, como os demais)


[1] Mateus 16: 19-22
[2] Lucas 19: 1:10
[3] Lucas 18: 10-12
[4] Lucas 18: 13-15


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Ranchos de Romeiros nos caminhos da Fé


Os primeiros ranchos de romeiros na Ilha de São Miguel, já se encontram na rua desde ontem, não só num ato de fé e penitência, como também publicamente expressarem a sua fé aos demais. Rezemos, não só por estes, como também pelos que durante esta Quaresma irão percorrer os caminhos destas ilhas sem, independentemente do estado do tempo que se faça sentir.
“As privações, a simplicidade do essencial e as orações, despertam a alma para Deus” Um pensamento que me ocorreu, após ter visto na RTP-Açores ontem, uma pequena reportagem sobre os primeiros ranchos que deixaram as suas famílias “para trás”, levam o simplesmente necessário e o terço, alimento da alma.