“Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Mateus 11,25-27.
É este o dito do Evangelho de hoje, dia 17 de Julho de 2013, passado em Lisboa para aproveitar este tempo mais calmo para estar com pais, filhos, irmãos e sobrinhos; também para tratar de preparar coisas que hão-de vir e de falar com meio mundo através deste magnífico meio de comunicação que é a internet, que nos liberta dos males da insularidade mantendo-os o que tem de bom.
O Evangelho, como sempre acontece com a Palavra, vem mesmo a calhar. No auge de tudo o que é terreno – na família, no trabalho, no bom tempo, até no início do fim da crise (se Deus quiser)… - no auge de tudo isso, dizia, surge a insatisfação, a questão, a dúvida. Uma primeira explicação vem da consciência: por um lado houve coisas por fazer e que a preguiça ou a ambição impediram de realizar; por outro lado, quando fizemos, não estivemos e não fomos. Se estivéssemos e fossemos teríamos sentido o ser para além do dever e, assim pensamos ou sonhamos, as caras tristes das ruas e dos lares ficariam mais alegres. No entanto, lendo São Mateus, e relembrando o que nos é dito, percebemos que a economia da salvação não se mede, e muito menos se mede pelo sucesso dos sorrisos e do bem estar. Nem sequer por uma avaliação supostamente sábia e inteligente dos feitos passados. Muito mais do que inteligência e sabedoria é preciso a Graça; e para estar aberto à Graça – conforme diz o relato de São Mateus - é preciso ser pequeno, humilde e rezar e para que um laivo de Graça nos encha a alma; e o sorriso e o choro que é também assim que a alma se manifesta.
Irmão Tomaz Dentinho
1 comentário:
Que artigo profundo irmão Tomaz.
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