Artigo Publicado na Segunda-Feira, dia 03 de Março de 2008, por Tomaz Dentinho no Jornal "A União"
Terminou a semana passada a romaria de Nossa Senhora da Conceição da Ilha Terceira. Antes conversámos sobre a importância de gerar contudo para uma forma magnífica de rezar que tínhamos importado de São Miguel, retomado das antigas romarias da Terceira e adaptado aos primeiros anos do século XXI. E esse conteúdo foi conseguido se atendermos aos testemunhos que fomos escutando de dentro e de fora. De dentro ouvimos falar muito de uma nova perspectiva de olhar a vida, e da descoberta e redenção de atavismos limitadores de cada um de nós.
De fora disseram-nos que se comoviam com a humildade e alegria dos romeiros que caminhavam, pediram-nos para rezarmos por este e por aquele e, numa manifestação de espantosa dádiva, ofereceram-nos comida e dormida. Foi um pouco por todo o caminho mas não é demais realçar o papel fantástico da Cruz Vermelha, que transportou colchões e sacos de um sítio para o outro; da hospitalidade magnífica das instituições e famílias de Santa Bárbara, Agualva, Porto Martins e São Sebastião; do apoio dos fiéis e párocos que abriram as igrejas e capelas ao longo de todo percurso, mesmo quando isso acontecia às quatro e cinco da manhã; e do apoio das famílias que se transformaram perante o testemunho de mudança.
Para além de muitos outros, que paravam as carrinhas na estrada para nos darem apoio, podemos lembrar as irmãs do Pico da Urze, o Império de São Bartolomeu, os fiéis da Serreta, os bombeiros dos Altares, os residentes dos Biscoitos, os responsáveis pela Misericórdia da Praia, os agricultores da Achada, as comunidades da Feteira e de São Bento e várias empresas de restauração como um café no Posto Santo, a Quinta do Galo, o restaurante Papa Açorda, o restaurante a Africana e uma empresa de catering da Praia. Primeiro pensávamos que seriam refeições a mais mas também nos recordámos que foi em torno da mesa, e da cruz, que Nosso Senhor redimiu e redime o mundo.
Houve uma reunião na sexta-feira passada e outra haverá no próximo dia 12 de Março pelas vinte horas na Igreja da Conceição. Sexta-feira recordámos a incrível melhoria na organização da caminhada e, graças à dádiva de tantos, da alimentação e da estadia; a enorme vantagem de levarmos um padre connosco, o reforço da amizade entre todos, e a crescente novidade interior de cada romaria. Também se focaram pequenos aspectos de forma que poderiam melhorar, como a manutenção da intensidade do canto ao longo da romaria, a aprendizagem de orações cantadas, ou algum cuidado acrescido a quem pára à beira do caminho com muito cansaço em cima.
Mas o grande desafio é para o futuro. Por um lado, o desafio de cada um de nós de encontrar formas de oração e de caminhada que nos aproximem de Deus e dos outros. Falou-se numa maior presença dos romeiros nas manifestações e celebrações da Igreja; e pensámos, cada um de nós, nas formas como iríamos dar tempo a Deus na rotina de todos os dias. Por outro lado, o desafio que cabe ao próprio rancho de romeiros de ir preparando um salto quantitativo e qualitativo para as romarias do ano que vem. Várias questões se colocam: I) Como ir convidando e preparando outras pessoas ou ranchos que são chamadas a participar nas romarias mas que não se sentem à vontade para dar o primeiro passo?; II) Como alargar as romarias a São Jorge, ao Pico e mais longe no outro lado do mar, levando a todo o lado, esta magnífica forma de rezar e caminhar que os nossos irmãos de São Miguel souberam guardar durante séculos? III) Como integrar ainda mais o movimento dentro da Igreja para que a vantagem da Terceira de ter padres na romaria, possa dar frutos por aqui e por outras paragens?
Ao longo de cinco dias estranhámos o fenómeno que se passava em nós e em torno de nós. Mas íamos com Jesus, Maria e José e tudo parecia bem. É bom que continuemos a caminhar com Eles.
Terminou a semana passada a romaria de Nossa Senhora da Conceição da Ilha Terceira. Antes conversámos sobre a importância de gerar contudo para uma forma magnífica de rezar que tínhamos importado de São Miguel, retomado das antigas romarias da Terceira e adaptado aos primeiros anos do século XXI. E esse conteúdo foi conseguido se atendermos aos testemunhos que fomos escutando de dentro e de fora. De dentro ouvimos falar muito de uma nova perspectiva de olhar a vida, e da descoberta e redenção de atavismos limitadores de cada um de nós.
De fora disseram-nos que se comoviam com a humildade e alegria dos romeiros que caminhavam, pediram-nos para rezarmos por este e por aquele e, numa manifestação de espantosa dádiva, ofereceram-nos comida e dormida. Foi um pouco por todo o caminho mas não é demais realçar o papel fantástico da Cruz Vermelha, que transportou colchões e sacos de um sítio para o outro; da hospitalidade magnífica das instituições e famílias de Santa Bárbara, Agualva, Porto Martins e São Sebastião; do apoio dos fiéis e párocos que abriram as igrejas e capelas ao longo de todo percurso, mesmo quando isso acontecia às quatro e cinco da manhã; e do apoio das famílias que se transformaram perante o testemunho de mudança.
Para além de muitos outros, que paravam as carrinhas na estrada para nos darem apoio, podemos lembrar as irmãs do Pico da Urze, o Império de São Bartolomeu, os fiéis da Serreta, os bombeiros dos Altares, os residentes dos Biscoitos, os responsáveis pela Misericórdia da Praia, os agricultores da Achada, as comunidades da Feteira e de São Bento e várias empresas de restauração como um café no Posto Santo, a Quinta do Galo, o restaurante Papa Açorda, o restaurante a Africana e uma empresa de catering da Praia. Primeiro pensávamos que seriam refeições a mais mas também nos recordámos que foi em torno da mesa, e da cruz, que Nosso Senhor redimiu e redime o mundo.
Houve uma reunião na sexta-feira passada e outra haverá no próximo dia 12 de Março pelas vinte horas na Igreja da Conceição. Sexta-feira recordámos a incrível melhoria na organização da caminhada e, graças à dádiva de tantos, da alimentação e da estadia; a enorme vantagem de levarmos um padre connosco, o reforço da amizade entre todos, e a crescente novidade interior de cada romaria. Também se focaram pequenos aspectos de forma que poderiam melhorar, como a manutenção da intensidade do canto ao longo da romaria, a aprendizagem de orações cantadas, ou algum cuidado acrescido a quem pára à beira do caminho com muito cansaço em cima.
Mas o grande desafio é para o futuro. Por um lado, o desafio de cada um de nós de encontrar formas de oração e de caminhada que nos aproximem de Deus e dos outros. Falou-se numa maior presença dos romeiros nas manifestações e celebrações da Igreja; e pensámos, cada um de nós, nas formas como iríamos dar tempo a Deus na rotina de todos os dias. Por outro lado, o desafio que cabe ao próprio rancho de romeiros de ir preparando um salto quantitativo e qualitativo para as romarias do ano que vem. Várias questões se colocam: I) Como ir convidando e preparando outras pessoas ou ranchos que são chamadas a participar nas romarias mas que não se sentem à vontade para dar o primeiro passo?; II) Como alargar as romarias a São Jorge, ao Pico e mais longe no outro lado do mar, levando a todo o lado, esta magnífica forma de rezar e caminhar que os nossos irmãos de São Miguel souberam guardar durante séculos? III) Como integrar ainda mais o movimento dentro da Igreja para que a vantagem da Terceira de ter padres na romaria, possa dar frutos por aqui e por outras paragens?
Ao longo de cinco dias estranhámos o fenómeno que se passava em nós e em torno de nós. Mas íamos com Jesus, Maria e José e tudo parecia bem. É bom que continuemos a caminhar com Eles.
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