“O silêncio tem duas faces. Tanto pode ser ensurdecedor ao ponto de romper os tímpanos, como pode ser sublime ao ponto de elevar a alma a Deus.”
É com este meu pensamento modesto (já que sem o apoio do Espírito Santo, nada consigo escrever), que hoje gostaria de vos falar sobre o silêncio que é praticado na caminhada de uma Romaria.
Vivemos num mundo cheio de sons, os quais em vez de se unirem harmoniosamente, se dessincronizam criando não música mas barulho.
Vivemos numa era onde aparentemente há horror ao silêncio, como tal não podemos, nem nos deixam, apreciar a beleza do silêncio. O silêncio não é apenas a ausência de sons ou ruído, o silêncio, acima de tudo, é algo que temos de construir dentro de nós.
Neste mundo onde reina o barulho incómodo, os ruídos estridentes, ou os sons inoportunos, é salutar à mente e á alma criar-se tempo e espaço, onde o silêncio seja Rei e Senhor, onde sintamos ao de leve os “escutos” de Nossa Senhora, os segredos de Jesus Cristo e os sussurros de Deus, pois é no silêncio que Ele nos fala e se nos revela (Cf. 1Rs 19,11-13).
Nós (meros pecadores), durante a romaria e para além da recitação do terço em voz audível, melancólica mas melodiosa, também temos uma quota-parte desse silêncio benéfico e salutar. Também tiramos tempo ao tempo e damos espaço ao espaço para exercitarmos o dom que provem do silêncio, tão importante quanto a prática da palavra.
Como citei mais acima, é no silêncio orante das nossas vidas que Deus se revela e nos fala. Ele quer dialogar connosco como nós queremos dialogar com os nossos amigos, mas se não temos tempo para conversar com Ele, para ouvi-lO, será justo da nossa parte querermos que Ele nos ouça?
Se desejamos ardentemente o dialogo com Ele (e até muitas vezes prometemos fazer isto ou aquilo, como se de uma troca de favores se tratasse), porque será que na maioria das vezes apenas queremos um monólogo a dois?
Poderemos dizer (a nós mesmos) que o excesso de tarefas diárias leva-nos a isso, mas essas desculpas também podem ser uma fuga para não dialogarmos com Ele e connosco mesmos. Engraçado que encontramos sempre tempo para tudo, menos para Deus.Atrevo-me a dizer (e contra mim falo) que, se calhar muitos de nós, durante 365 dias, apenas tiramos 5 dias para dialogarmos com Ele, num diálogo aberto e franco. No entanto, tal como uma pedra que é lançada á agua, são criadas “ondas de propagação” dentro de nós, dentro das nossas almas, que nos levam a desejar durante os restantes 360 dias, tirarmos tempo ao tempo e darmos espaço ao espaço, para novamente dialogarmos com Ele. Talvez seja esse bichinho (benéfico) que nos vai corroendo por dentro, que leva muitos de nós, ano após ano a voltar, a deixar tudo para trás para, nesses momentos de oração e silêncio entre irmãos, podermos de uma forma, “talvez” mais Cristã, voltar ao Pai por breves segundos (da eternidade Divina) e alimentarmo-nos do preciosíssimo corpo e sangue de Jesus Cristo. Cristo que é o verdadeiro modelo dos cristãos na atitude de silêncio orante (Cf. Mt 14,23; Mc 1,35; Lc 9,18; Jo 6,15). Ele que veio para manifestar o mistério da salvação de Deus, “envolvido em silêncio” nos séculos eternos (Cf. Rm 16,25). Que todas as comunidades aprendam, pois, de novo a ser silenciosas e voltem a percorrer o caminho de Cristo, na intimidade mais profunda com o Pai e na plenitude mais viva do Espírito Santo.
Termino esta já longa “divagação” convidando todos os homens de Fé e Esperança a participarem na próxima romaria, para viverem este e outros mistérios de Deus Nosso Senhor.
“O silêncio é oração...”
É com este meu pensamento modesto (já que sem o apoio do Espírito Santo, nada consigo escrever), que hoje gostaria de vos falar sobre o silêncio que é praticado na caminhada de uma Romaria.
Vivemos num mundo cheio de sons, os quais em vez de se unirem harmoniosamente, se dessincronizam criando não música mas barulho.
Vivemos numa era onde aparentemente há horror ao silêncio, como tal não podemos, nem nos deixam, apreciar a beleza do silêncio. O silêncio não é apenas a ausência de sons ou ruído, o silêncio, acima de tudo, é algo que temos de construir dentro de nós.
Neste mundo onde reina o barulho incómodo, os ruídos estridentes, ou os sons inoportunos, é salutar à mente e á alma criar-se tempo e espaço, onde o silêncio seja Rei e Senhor, onde sintamos ao de leve os “escutos” de Nossa Senhora, os segredos de Jesus Cristo e os sussurros de Deus, pois é no silêncio que Ele nos fala e se nos revela (Cf. 1Rs 19,11-13).
Nós (meros pecadores), durante a romaria e para além da recitação do terço em voz audível, melancólica mas melodiosa, também temos uma quota-parte desse silêncio benéfico e salutar. Também tiramos tempo ao tempo e damos espaço ao espaço para exercitarmos o dom que provem do silêncio, tão importante quanto a prática da palavra.
Como citei mais acima, é no silêncio orante das nossas vidas que Deus se revela e nos fala. Ele quer dialogar connosco como nós queremos dialogar com os nossos amigos, mas se não temos tempo para conversar com Ele, para ouvi-lO, será justo da nossa parte querermos que Ele nos ouça?
Se desejamos ardentemente o dialogo com Ele (e até muitas vezes prometemos fazer isto ou aquilo, como se de uma troca de favores se tratasse), porque será que na maioria das vezes apenas queremos um monólogo a dois?
Poderemos dizer (a nós mesmos) que o excesso de tarefas diárias leva-nos a isso, mas essas desculpas também podem ser uma fuga para não dialogarmos com Ele e connosco mesmos. Engraçado que encontramos sempre tempo para tudo, menos para Deus.Atrevo-me a dizer (e contra mim falo) que, se calhar muitos de nós, durante 365 dias, apenas tiramos 5 dias para dialogarmos com Ele, num diálogo aberto e franco. No entanto, tal como uma pedra que é lançada á agua, são criadas “ondas de propagação” dentro de nós, dentro das nossas almas, que nos levam a desejar durante os restantes 360 dias, tirarmos tempo ao tempo e darmos espaço ao espaço, para novamente dialogarmos com Ele. Talvez seja esse bichinho (benéfico) que nos vai corroendo por dentro, que leva muitos de nós, ano após ano a voltar, a deixar tudo para trás para, nesses momentos de oração e silêncio entre irmãos, podermos de uma forma, “talvez” mais Cristã, voltar ao Pai por breves segundos (da eternidade Divina) e alimentarmo-nos do preciosíssimo corpo e sangue de Jesus Cristo. Cristo que é o verdadeiro modelo dos cristãos na atitude de silêncio orante (Cf. Mt 14,23; Mc 1,35; Lc 9,18; Jo 6,15). Ele que veio para manifestar o mistério da salvação de Deus, “envolvido em silêncio” nos séculos eternos (Cf. Rm 16,25). Que todas as comunidades aprendam, pois, de novo a ser silenciosas e voltem a percorrer o caminho de Cristo, na intimidade mais profunda com o Pai e na plenitude mais viva do Espírito Santo.
Termino esta já longa “divagação” convidando todos os homens de Fé e Esperança a participarem na próxima romaria, para viverem este e outros mistérios de Deus Nosso Senhor.
“O silêncio é oração...”
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