"Durante a romaria deste ano e num contexto puramente de tempo, um irmão proferiu a seguinte observação:
- Estamos quase atrasados!
É que poderia ter-nos dito “estamos com falta de tempo”, “temos que caminhar um pouco mais depressa” ou “estamos a ficar um pouco atrasados”, entre outras possibilidades, no entanto aquele “estamos quase atrasados”, ressoou-me na mente de maneira estranha. Na paragem seguinte, peguei na caneta e no pequeno caderno que caminha quase sempre comigo e apontei essa afirmação, já que soava-me a algo mais do que apenas o contexto temporal em que ela foi proferida.
Durante os meses que decorreram deste então, de quando em vez essa afirmação aparecia-me à frente como que a lembrar-me para não me esquecer.
Há poucos dias, ao ler um artigo referente ao livro que dá pelo título de “O Grande Desígnio” escrito por “Stephen Hawking“, onde é referido que Deus não existe e não pode ter sido o criador do universo, é que a afirmação que deu título ao presente artigo fez sentido, o tal algo mais que apenas o tempo.
Neste inicio de século XXI e já nas décadas finais do século XX, aos poucos, quiçá derivado das várias descobertas científicas, o Homem foi começando a por de lado o Divino, julgando que essas descobertas omitem Deus na criação, pensando que “afinal de contas”, a Sagrada Escritura é um livro de histórias cheio de “efeitos especiais” e de “duplos”. São ideias e pensamentos absurdos e errados que alguém poderá ter sobre Deus e as Suas obras, no entanto (infelizmente), é para o ateísmo e a não-crença em Deus que o mundo dito erudito e moderno caminha a passos largos.
Hoje, em nome do respeito por tudo e todos, criam-se leis ambíguas, duvidosas e até contra os princípios de Deus. Os média, a cada dia que passa, tornam-se mais ousados (como dizem), com artigos de jornal “bombásticos”, programas de rádio com entrevistas “escandalosas” e com concursos televisivos “exagerados”, tudo para cativar as audiências, mas também para, “indirectamente” levar o povo de Deus a acreditar que está errado e que eles, com esses estudos, mestrados e teses é que têm razão, é que são os donos da verdade absoluta.
Como Cristão, sei e sinto que a fé e a esperança em Deus, não são “coisas” para serem provadas cientificamente ou que tenham que ser provadas mas sim, para serem vividas e sentidas na alma.
Deus existe verdadeiramente, senão não teria enviado o anjo Gabriel a anunciar estas doces palavras a Maria “Salvé, ó cheia de graça, o Senhor está contigo”.
Nós, romeiros e discípulos de Cristo, seguimo-lO como Maria O seguia (“Todos, unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus” (At 1,14)) todos os dias em particular e na quaresma em especial, desde há séculos. Desde há séculos que oramos, como Nossa Senhora o fez e como as suas várias aparições onde sempre pediu “Orai…”
Quem ora sente e vive que não são em vão as suas orações. Que ao serem depositadas nas mãos da Santíssima Virgem, esta adorna-as de tal maneira, que mesmo nas alturas em que não são vividas ou sentidas na totalidade, ela consegue tornar uma mera vogal ou uma simples consoante, numa oração completa perante o Altíssimo.
Oramos e continuaremos sempre a orar até ao último sopro de vida, mesmo que a maioria dos homens diga o contrário, mesmo que a ciência teime em querer mostrar continuamente o oposto, mesmo que nos digam que não fazemos sentido ou mesmo que afirmem que estamos atrasados no tempo, os romeiros e as romarias estarão sempre quase atrasados."
- Estamos quase atrasados!
É que poderia ter-nos dito “estamos com falta de tempo”, “temos que caminhar um pouco mais depressa” ou “estamos a ficar um pouco atrasados”, entre outras possibilidades, no entanto aquele “estamos quase atrasados”, ressoou-me na mente de maneira estranha. Na paragem seguinte, peguei na caneta e no pequeno caderno que caminha quase sempre comigo e apontei essa afirmação, já que soava-me a algo mais do que apenas o contexto temporal em que ela foi proferida.
Durante os meses que decorreram deste então, de quando em vez essa afirmação aparecia-me à frente como que a lembrar-me para não me esquecer.
Há poucos dias, ao ler um artigo referente ao livro que dá pelo título de “O Grande Desígnio” escrito por “Stephen Hawking“, onde é referido que Deus não existe e não pode ter sido o criador do universo, é que a afirmação que deu título ao presente artigo fez sentido, o tal algo mais que apenas o tempo.
Neste inicio de século XXI e já nas décadas finais do século XX, aos poucos, quiçá derivado das várias descobertas científicas, o Homem foi começando a por de lado o Divino, julgando que essas descobertas omitem Deus na criação, pensando que “afinal de contas”, a Sagrada Escritura é um livro de histórias cheio de “efeitos especiais” e de “duplos”. São ideias e pensamentos absurdos e errados que alguém poderá ter sobre Deus e as Suas obras, no entanto (infelizmente), é para o ateísmo e a não-crença em Deus que o mundo dito erudito e moderno caminha a passos largos.
Hoje, em nome do respeito por tudo e todos, criam-se leis ambíguas, duvidosas e até contra os princípios de Deus. Os média, a cada dia que passa, tornam-se mais ousados (como dizem), com artigos de jornal “bombásticos”, programas de rádio com entrevistas “escandalosas” e com concursos televisivos “exagerados”, tudo para cativar as audiências, mas também para, “indirectamente” levar o povo de Deus a acreditar que está errado e que eles, com esses estudos, mestrados e teses é que têm razão, é que são os donos da verdade absoluta.
Como Cristão, sei e sinto que a fé e a esperança em Deus, não são “coisas” para serem provadas cientificamente ou que tenham que ser provadas mas sim, para serem vividas e sentidas na alma.
Deus existe verdadeiramente, senão não teria enviado o anjo Gabriel a anunciar estas doces palavras a Maria “Salvé, ó cheia de graça, o Senhor está contigo”.
Nós, romeiros e discípulos de Cristo, seguimo-lO como Maria O seguia (“Todos, unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus” (At 1,14)) todos os dias em particular e na quaresma em especial, desde há séculos. Desde há séculos que oramos, como Nossa Senhora o fez e como as suas várias aparições onde sempre pediu “Orai…”
Quem ora sente e vive que não são em vão as suas orações. Que ao serem depositadas nas mãos da Santíssima Virgem, esta adorna-as de tal maneira, que mesmo nas alturas em que não são vividas ou sentidas na totalidade, ela consegue tornar uma mera vogal ou uma simples consoante, numa oração completa perante o Altíssimo.
Oramos e continuaremos sempre a orar até ao último sopro de vida, mesmo que a maioria dos homens diga o contrário, mesmo que a ciência teime em querer mostrar continuamente o oposto, mesmo que nos digam que não fazemos sentido ou mesmo que afirmem que estamos atrasados no tempo, os romeiros e as romarias estarão sempre quase atrasados."
Artigo publicado no Jornal "A União" de hoje.
Sem comentários:
Enviar um comentário