Lendo
assim, à primeira vista cria-nos a impressão que Deus apenas perdoaria as
nossas ofensas na medida em que perdoamos a quem nos tem ofendido, no entanto,
não sendo esta uma sociedade de homens e mulheres perfeitos, isto é, sem erros
ou faltas, essa é a nossa maneira de pensar e não a D`Ele. Por vezes parece-se
que ainda agimos “olho por olho, dente
por dente, ferida por ferida”[1].
Seguramente não tem que ser esse o caminho de um cristão e não é esse o caminho
que Ele nos indica. O caminho que devemos seguir deverá ser o do perdão e
devemos ter a coragem de saber
perdoar.
São
Mateus, varias vezes no seu evangelho, recorda-nos a relação que existe entre o
perdão que Deus nos oferece gratuitamente e o perdão que devemos oferecer aos
irmãos sem contrapartidas.Na minha maneira de pensar (sujeito a falhas) sinto que é mais corajoso aquele que perdoa do que aquele que se vinga, no entanto, inúmeras vezes somos levados a pensar que perdoar alguém é um gesto de cobardia e recusamos o perdão aos nossos irmãos.
Recusamos o perdão aos irmãos mas queremos que Ele nos perdoe. Recusamos a misericórdia mas queremos que Deus tenha misericórdia de nós.
Deus mostra-nos que o Seu coração não tem fim e que nos perdoa sempre. Não existe nenhuma falta que o amor de Deus não nos perdoe, no entanto, queremos ser perdoados mas não queremos perdoar.
Se não somos capazes de perdoar os irmãos é porque, pouco ou nada sabemos da misericórdia D`Ele e ainda não vivenciamos totalmente o perdão de Deus, “perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”
Termino com uma passagem bíblica, a qual deveríamos pensar nela frequentemente:
“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhe perdoou.”[2]
Paulo Roldão
(um irmão
romeiro, como os demais)
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