segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Imaculada Conceição



Foi no Concílio de Toledo, em 656, que se fixou a sua festa a 8 de Dezembro, estando presentes bispos de cidades, que mais tarde formariam parte de Portugal. Com a Idade Média, a Europa de Santo António de Lisboa e da Rainha Santa Isabel, e as populações peregrinavam até aos santuários marianos, sem medo dos laicistas, sem nome nem pátria nem Deus.

Tempos outros, em que a aventura das Descobertas, fez aportar, a estas Ilhas e aos demais territórios ultramarinos a devoção trazida da Terra de Santa Maria, defendida pela valentia do agora reconhecido, São Nuno de Santa Maria, de cuja Casa, na Restauração, se retira a coroa dos reis para a oferecer à Imaculada Conceição, como Padroeira de Portugal (25 de Março de 1646), muito com o apoio dos franciscanos.

Mais dois séculos passaram até que o Papa Pio IX, recebidas 603 cartas dos bispos de todo o mundo, aceite e proclame o que há muitos séculos o povo cristão acreditava como Imaculada Conceição. Nunca os católicos se sentiram órfãos da Mãe de Jesus, o verdadeiro Filho de Deus, feito Homem, que ofereceu a Sua Vida pela Salvação de todos, mesmo dos não crentes.

De todas as condições sociais e latitudes, não faltam os que ao longo dos tempos A invocaram. Até o apunhalado Gabriel Garcia Moreno (1821 – 1875), três vezes eleito presidente do Equador, não deixava de A invocar. “Deus não Morre” disse ao ser assassinado ao entrar no seu palácio presidencial, em Quito, pelos inimigos da Fé.

Angra que desde 1476, por ordem de Álvaro Martins Homem, edificou a primeira ermida, depois igreja e, hoje, Santuário de Nossa Senhora da Conceição.

Os brasileiros bem que a veneram, como o nome de Nossa Senhora da Aparecida, dadas as circunstâncias da descoberta de uma Imagem da Imaculada Conceição. Um entre tantos os nomes da ladainha de Santa Maria, rezada ou canta nos mais diversos sotaques e linguarejares.
Não lhe faltem os peregrinos, angrenses ou de outras paróquias da Ilha ou de forasteiros. E que, para o próximo ano não se esqueçam do centenário da sua electrificação.

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