sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fazer bem o sinal da Cruz


“Se fazes o sinal da Cruz, fá-lo bem feito. Não seja um gesto acanhado e feito à pressa, cujo significado ninguém sabe interpretar. Mas uma autêntica cruz, lenta e ampla, da testa ao peito, dum ombro ao outro.

Sentes como ela te envolve todo?

Recolhe-te bem. Concentra neste sinal todos os teus pensamentos e todos os teus afectos, à medida que o vais traçando da testa ao peito e dum ombro ao outro. Sentilo-ás então a penetrar-te todo, corpo e alma. A apoderar-se de ti, a consagrar-te, a santificar-te. Porquê?

É o sinal do Todo, o sinal da Redenção. Nosso Senhor remiu todos os homens na cruz. Pela cruz santifica o homem todo até à última fibra do seu ser.

Por isso o fazemos antes da oração para que nos componha, recolha e fixe em Deus o nosso pensamento, coração e vontade. Depois da oração, para que nos fortaleça, No perigo, para que nos proteja. Ao benzermo-nos, para que a plenitude da vida divina penetre na alma e fecunde e consagre quanto nela há.

Pensa nisto sempre que fazes o sinal da cruz. É o sinal mais santo que exista. Fá-lo bem: devagar, rasgado, com atenção. Envolver-te-á assim todo o ser, corpo e alma, pensamentos e vontade, sentidos, potências e acções e tudo nele ficará fortalecido, assinalado pela virtude de Cristo, em nome de Deus uno e trino” (Romano Guardini).

1 comentário:

Joao F Dinis disse...

Ola Paulo

Este artigo vem bem a propósito, porque na maioria das vezes, o que vemos são gestos grotescos, envergonhados e sei lá o que mais e o mesmo se passa com a genuflexão quando passam em frente do Santíssimo.