Diz o ditado popular
que “Deus
escreve direito por linhas tortas” e efetivamente é isso que acontece
muitas vezes e na maioria delas nem nos apercebemos ou a apercebermo-nos, já
passou algum tempo.
Esta pequena introdução
prende-se com o facto da fotografia que foi usada para o cartaz da romaria do
ano passado, no meu modesto entender, para além de transmitir aquilo que somos
e dar as informações necessárias a quem estivesse interessado, também nos
transmite algo muito mais profundo.
Olhando para a referida
fotografia (com a alma aberta para Deus),
a profundidade da mesma vai muito para além de transmitir aquilo que somos, vai
de encontro ao que pregamos e Aquele a quem seguimos. Mostra-nos Jesus nas
derradeiras horas a caminho do calvário. No rosto, não só conseguimos
vislumbrar o sofrimento e a dor a que Ele foi submetido, como também o seu
olhar inequívoco posto no Pai. A mão leva-nos a pensar nas inúmeras flagelações
a que foi sujeito e a sua boca fechada, no quase permanente silêncio durante a
Sua (nossa) Paixão. Até a escuridão presente na fotografia nos transporta para
as trevas que cobriram toda a região durante as Suas derradeiras horas.
Realmente “Deus
escreve direito por linhas tortas” e agradeço-Lhe por me ter dado a
graça de O ver no rosto do irmão, ainda que
tardiamente ou talvez tenha sido só agora porque Ele assim O quis.
Paulo Roldão
(um irmão
romeiro, como os demais)
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