Na altura em que tirei
a fotografia, achei-a interessante mas ao mesmo tempo um pouco intimista, no entanto, como na altura
estava a fazer uma caminhada, deixei essa ideia para segundo plano e continuei
o magnífico trilho que estava a fazer em família, amigos e conhecidos.
Olho
para a fotografia e apercebo-me da subtil beleza que ela me transmite, da
simplicidade e principalmente da Verdade que me mostra.
Que
verdade?
Que
nós somos como as árvores. Por vezes despontamos timidamente folhas, outras tantas
vezes dando algumas flores e frutos e muito menos vezes deixando cair as folhas
até ficarmos “despidos”.
Com
esta minha visão particular e pessoal (passo a redundância), sinto que agimos
muitas vezes assim, isto é, no início das nossas vidas como Cristãos, vamos timidamente
despontando o nosso Amor por Deus, depois ao longo da vida vamos constantemente
tentando que esse Amor vá crescendo, dando algumas flores e frutos, no entanto,
muitos de nós (começando por mim) por vezes através de alguma superficialidade
e outras vezes usando a artificialidade, tentamos a todo o custo não deixar
cair as folhas e ficarmos “despidos”
de tudo aquilo que realmente nos vai afastando de Deus e do Seu Amor.
Deus
sabe das nossas fraquezas, das nossas falhas e das nossas inúmeras quedas, no
entanto, não Nos pede que tenhamos sempre palavras bonitas e retoricas, como se
fossem flores ou frutos de plástico, que são bonitas e quase iguais em aspeto e
cor, no entanto, sem cheiro ou sabor. Deus apenas quer o nosso Amor “despido” de tudo aquilo que nos afasta
Verdadeiramente d`Ele e esse Amor passa por sermos nós mesmos e não aquilo que
não somos ou o que os outros querem que nós sejamos. Passa também por deixarmos
cair as folhas que, não só nos cobrem, como também nos abafam e não nos deixam
respirar convenientemente. Passa ainda por elevarmos as mãos para o céu, como
os ramos das árvores, louvando-O.
(Um irmão
romeiro, como os demais)
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