"No primeiro ano de romaria, peculiar em muitos aspectos, tivemos a graça de entre nós ter estado um irmão de São Miguel o qual, por sinal, veio fazer a sua 25ª romaria, ou seja, como diria o Historiador José Hermano Saraiva “Foi aqui nesta Ilha de Jesus que o Irmão Castro fez as suas bodas de prata como Romeiro. Poderia ter feito (como seria de esperar) na sua ilha mas, como Cristão e Romeiro, abdicou desse pressuposto e veio dar o seu contributo a um novo rancho que tinha sido formado.”
Realmente, pegando nas palavras deste ilustre historiador, a sua presença foi uma mais-valia para o rancho, não só nos momentos de silêncio profundo e meditado, como nas suas intervenções um pouco demoradas mas muito eloquentes. Intervenções que (diria eu) transpiravam o amor que tem por Cristo e sua Mãe Maria Santíssima. Muito calmamente e pausadamente ia-nos contando a sua historia, a sua visão de Romeiro e de seguidor de Cristo como Maria, isto é, em silêncio e oração, rematando cada afirmação com “(…) não é verdade?” Por exagero admito, como se fosse Cristo, contava-nos uma “parábola” e punha-nos a pensar nela e na sua abrangência, ensinando-nos assim (sim, porque muitas coisas que nos disse foram ensinamentos) a segui-lO por um caminho mais justo, mais verdadeiro e acima de tudo, mais cristão. Não quero dizer com esta afirmação que nos sintamos como apóstolos bíblicos mas, como baptizados que somos, somos convidados por Deus nosso Pai a sermos parte integrante do Corpo Místico de Cristo e como tal, a agirmos como Sacerdotes, Reis e Profetas, ”não é verdade?”
E com esta afirmação no fim das suas intervenções, qual jaculatória, havia sempre um outro irmão que dizia “temos tempo irmão, temos tempo”, isto porque o caminho que ainda faltava percorrer nesse dia era longo e penoso, como longos são os nossos pecados e penosa a nossa vida sem Ele.
Olhando para trás e apesar de na altura pensarmos que algumas daquelas intervenções eram despropositadas e sem fim aparente (dai a tal observação), o que é certo e sabido é que o rancho chegou sempre a tempo às Casas de Nossa Senhora, como se o tempo tivesse parado durante as referidas intervenções e apenas recomeçado no fim das mesmas. Como se Deus achasse que aquelas intervenções eram tudo menos despropositadas, eram tudo menos demoradas, em suma, era a intervenção do Espírito Santo nele, para que através dele, nós todos crescêssemos mais, espiritualmente falando. Como se aquele “temos tempo irmão, temos tempo” fosse também oriundo, não da boca do irmão romeiro por si, mas sim através de Cristo a todos nós, como que a dizer-nos “Escutai o que ele vos diz!” Nessa altura, como nos anos seguintes, muitas intervenções profundas têm sido feitas, desde o irmão Mestre até ao mais pequeno dos irmãos, mas todas elas com o derramamento do Espírito Santo por sobre eles porque, se tal não fosse, se as palavras que das suas bocas saiam não tivessem o Pai por detrás, elas não ficariam cravadas nos nossos corações e fariam eco na alma como fazem. Se essas palavras não transpirassem o amor que têm por Cristo e sua Mãe Maria Santíssima, de nada valiam e como tal, o “mistério das romarias” deixaria de existir assim como o rancho.
Alguns anos passados, e apesar de terem sido apenas 4 dias de convivência mutua, foram os nossos primeiros 4 dias da maioria dos irmãos presentes. Quatro dias que tem-se prolongado ano após ano com a ajuda da Sagrada Família que connosco vai e, atrever-me-ia também a dizer (mas não por adoração ou idolatria, obviamente), com o seu terço que deixou ao irmão Mestre, terço esse já com os mesmos anos de romarias, já com as contas um pouco gastas de tanto serem contadas, do muito que ainda falta contar, por nós e por todos vós.
No dia-a-dia da vida mais material que espiritual, o tempo é volátil, passa sem nos darmos conta que passou, fica sempre alguma coisa para ser feita amanhã, no entanto, quando no dia-a-dia mais espiritual que material, isto é, em romaria temos tempo…não é verdade?"
Realmente, pegando nas palavras deste ilustre historiador, a sua presença foi uma mais-valia para o rancho, não só nos momentos de silêncio profundo e meditado, como nas suas intervenções um pouco demoradas mas muito eloquentes. Intervenções que (diria eu) transpiravam o amor que tem por Cristo e sua Mãe Maria Santíssima. Muito calmamente e pausadamente ia-nos contando a sua historia, a sua visão de Romeiro e de seguidor de Cristo como Maria, isto é, em silêncio e oração, rematando cada afirmação com “(…) não é verdade?” Por exagero admito, como se fosse Cristo, contava-nos uma “parábola” e punha-nos a pensar nela e na sua abrangência, ensinando-nos assim (sim, porque muitas coisas que nos disse foram ensinamentos) a segui-lO por um caminho mais justo, mais verdadeiro e acima de tudo, mais cristão. Não quero dizer com esta afirmação que nos sintamos como apóstolos bíblicos mas, como baptizados que somos, somos convidados por Deus nosso Pai a sermos parte integrante do Corpo Místico de Cristo e como tal, a agirmos como Sacerdotes, Reis e Profetas, ”não é verdade?”
E com esta afirmação no fim das suas intervenções, qual jaculatória, havia sempre um outro irmão que dizia “temos tempo irmão, temos tempo”, isto porque o caminho que ainda faltava percorrer nesse dia era longo e penoso, como longos são os nossos pecados e penosa a nossa vida sem Ele.
Olhando para trás e apesar de na altura pensarmos que algumas daquelas intervenções eram despropositadas e sem fim aparente (dai a tal observação), o que é certo e sabido é que o rancho chegou sempre a tempo às Casas de Nossa Senhora, como se o tempo tivesse parado durante as referidas intervenções e apenas recomeçado no fim das mesmas. Como se Deus achasse que aquelas intervenções eram tudo menos despropositadas, eram tudo menos demoradas, em suma, era a intervenção do Espírito Santo nele, para que através dele, nós todos crescêssemos mais, espiritualmente falando. Como se aquele “temos tempo irmão, temos tempo” fosse também oriundo, não da boca do irmão romeiro por si, mas sim através de Cristo a todos nós, como que a dizer-nos “Escutai o que ele vos diz!” Nessa altura, como nos anos seguintes, muitas intervenções profundas têm sido feitas, desde o irmão Mestre até ao mais pequeno dos irmãos, mas todas elas com o derramamento do Espírito Santo por sobre eles porque, se tal não fosse, se as palavras que das suas bocas saiam não tivessem o Pai por detrás, elas não ficariam cravadas nos nossos corações e fariam eco na alma como fazem. Se essas palavras não transpirassem o amor que têm por Cristo e sua Mãe Maria Santíssima, de nada valiam e como tal, o “mistério das romarias” deixaria de existir assim como o rancho.
Alguns anos passados, e apesar de terem sido apenas 4 dias de convivência mutua, foram os nossos primeiros 4 dias da maioria dos irmãos presentes. Quatro dias que tem-se prolongado ano após ano com a ajuda da Sagrada Família que connosco vai e, atrever-me-ia também a dizer (mas não por adoração ou idolatria, obviamente), com o seu terço que deixou ao irmão Mestre, terço esse já com os mesmos anos de romarias, já com as contas um pouco gastas de tanto serem contadas, do muito que ainda falta contar, por nós e por todos vós.
No dia-a-dia da vida mais material que espiritual, o tempo é volátil, passa sem nos darmos conta que passou, fica sempre alguma coisa para ser feita amanhã, no entanto, quando no dia-a-dia mais espiritual que material, isto é, em romaria temos tempo…não é verdade?"
Artigo publicado no Jornal "A União" de ontem
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