"Nesta série de textos tem-se procurado dar conta de que os “sacerdotes” de qualquer religião, correspondem a uma necessidade das consciências humanas. Isto em todas as religiões, que o são de facto. É que há movimentos de certa espiritualidade que não são religiões. Por exemplo o Confucionismo.
Esta exigência básica das consciências religiosas seria o suficiente para aparecerem sacerdotes da Igreja de Cristo, o que teria acontecido se eles os não tivesse instituído. Mas, como se tem dito, seria um sacerdócio muito diferente daquele que realmente existe, que foi instituído por Cristo. Aliás, a própria Igreja ter-se-ia formado, se Cristo a não tivesse fundado. Porém, como já foi dito, ela seria a igreja dos cristãos, e não a Igreja de Cristo. E o sacerdócio não seria o sacerdócio instituído por Ele. Seria semelhante a certos pastores protestantes.
Essa igreja até poderia estar dividida em muitas igrejas diferentes, sem serem Igreja “Uma”, como ela é. E seria parecida, com muitas igrejas protestantes que são praticamente diversas e separadas umas das outras. Ou seriam como milhentas seitas que por aí existem, totalmente separadas entre si. E procurando separar a Igreja de Cristo que é Una. Algumas delas tentam estabelecer uma possível unidade.
Para entendermos bem esta existência do sacerdócio na Igreja de Cristo, é importante tomarmos consciência de que ele a quis formar e a formou realmente. Assim era natural que Ele mesmo lhe desse o seu sacerdócio.
Vamos, pois, seguir os andamentos de Cristo nos Evangelhos. E vamos dar conta de que Ele foi preparando essa Igreja. E com ela o sacerdócio. Para tal, começou por reunir e orientar discípulos, e entre estes escolheu alguns a quem chamou Apóstolos, isto é, “Enviados”. Ensinou-os em particular e, a certa altura, encarregou-os de pregar e “reger”. Era a raiz do sacerdócio. Eles viriam a ser os primeiros sacerdotes. Tudo isto significa uma organização definida. Foi o que Ele fez.
Uma das expressões mais significativas encontra-se no Evangelho de S. Mateus, cap. 18 Vers. 16: “tudo o que ligardes na terra será ligado no céu e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”. Estas palavras vêm num contexto de autoridade; vers. 17: “se ele (o teu irmão), se recusar a ouvi-las (as testemunhas), comunica-o à Igreja”.
E, noutro lugar, Lucas, 10, 16, diz: “quem vos ouve a Mim é a Mim que ouve, quem vos despreza a Mim despreza”. E em S. João, 13. 20: “quem recebe aquele que eu enviar, é a mim que recebe”. Estão a aparecer as pessoas concretas para o sacerdócio.
Mas antes de fazer estas afirmações, Ele tinha falado a Pedro de maneira muito directa. Lê-se em S. Mateus, cap. 16. 18: “tu és Pedro e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligardes na terra será ligado no céu. E tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”.
Mais, no Evangelho de S. João, cap. 10, Ele apresenta-se como Bom Pastor do seu rebanho. É uma imagem de profundo valor de unidade e orientação. No povo judeu o pastor e o rebanho constituíam uma autêntica “família”. Isto equivale a uma “igreja”. Isto é “povo reunido”.
Mas ele continuou, vers. 14: “Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas conhecem-me”; vers. 16: “ tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco e também tenho que as conduzir”. “Ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor”. E, mais tarde vers. 27: “as minhas ovelhas ouvem a minha voz: eu conheço-as e elas seguem-me”.
Na sua maravilhosa fala na Última Ceia (vale a pena lê-la) no Ev. De S. João, cap. 17, vers. 18), “assim como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo” … “não rogo somente por eles, mas também por todos aqueles que, pela sua palavra, hão-de acreditar em mim”. Estava aqui o encargo de pastorear.
Estas afirmações não foram feitas com referência exclusiva àquele grupo que andava com Ele. Na verdade, o seu projecto não tinha limites, pois era extenso a todos os homens. É que antes de subir ao céu, ele disse: “ide e ensinai todas as gentes batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” (Mat. 28. 19.)
E ainda naquela mesma Ceia, ao instituir a Eucaristia, vieram as palavras mais abrangentes de todas: “sangue da Nova e Eterna Aliança derramado por vós e por todos … fazei isto em memória de mim”.
Foi mesmo a comunicação do poder sacerdotal no ambiente daquela que seria a sua Igreja. Mais, antes de subir ao céu, deu a Pedro o célebre encargo de ser pastor das suas ovelhas. A cena é dum alcance total. Por três vezes Ele mandou Pedro apascentar as suas ovelhas: S. João, cap. 21:
- vers. 15: apascenta os meus cordeiros…
- vers. 16: apascenta as minhas ovelhas …
- vers. 17: apascenta as minhas ovelhas …
Está constituído o rebanho para atravessar os tempos, como ovelhas de Cristo, apascentadas por Pedro e pelos outros Apóstolos a quem Ele as entregou. Para estas tarefas Ele enviou “pastores” com funções de mestres e de sacerdotes. É o que veremos."
Esta exigência básica das consciências religiosas seria o suficiente para aparecerem sacerdotes da Igreja de Cristo, o que teria acontecido se eles os não tivesse instituído. Mas, como se tem dito, seria um sacerdócio muito diferente daquele que realmente existe, que foi instituído por Cristo. Aliás, a própria Igreja ter-se-ia formado, se Cristo a não tivesse fundado. Porém, como já foi dito, ela seria a igreja dos cristãos, e não a Igreja de Cristo. E o sacerdócio não seria o sacerdócio instituído por Ele. Seria semelhante a certos pastores protestantes.
Essa igreja até poderia estar dividida em muitas igrejas diferentes, sem serem Igreja “Uma”, como ela é. E seria parecida, com muitas igrejas protestantes que são praticamente diversas e separadas umas das outras. Ou seriam como milhentas seitas que por aí existem, totalmente separadas entre si. E procurando separar a Igreja de Cristo que é Una. Algumas delas tentam estabelecer uma possível unidade.
Para entendermos bem esta existência do sacerdócio na Igreja de Cristo, é importante tomarmos consciência de que ele a quis formar e a formou realmente. Assim era natural que Ele mesmo lhe desse o seu sacerdócio.
Vamos, pois, seguir os andamentos de Cristo nos Evangelhos. E vamos dar conta de que Ele foi preparando essa Igreja. E com ela o sacerdócio. Para tal, começou por reunir e orientar discípulos, e entre estes escolheu alguns a quem chamou Apóstolos, isto é, “Enviados”. Ensinou-os em particular e, a certa altura, encarregou-os de pregar e “reger”. Era a raiz do sacerdócio. Eles viriam a ser os primeiros sacerdotes. Tudo isto significa uma organização definida. Foi o que Ele fez.
Uma das expressões mais significativas encontra-se no Evangelho de S. Mateus, cap. 18 Vers. 16: “tudo o que ligardes na terra será ligado no céu e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”. Estas palavras vêm num contexto de autoridade; vers. 17: “se ele (o teu irmão), se recusar a ouvi-las (as testemunhas), comunica-o à Igreja”.
E, noutro lugar, Lucas, 10, 16, diz: “quem vos ouve a Mim é a Mim que ouve, quem vos despreza a Mim despreza”. E em S. João, 13. 20: “quem recebe aquele que eu enviar, é a mim que recebe”. Estão a aparecer as pessoas concretas para o sacerdócio.
Mas antes de fazer estas afirmações, Ele tinha falado a Pedro de maneira muito directa. Lê-se em S. Mateus, cap. 16. 18: “tu és Pedro e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligardes na terra será ligado no céu. E tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”.
Mais, no Evangelho de S. João, cap. 10, Ele apresenta-se como Bom Pastor do seu rebanho. É uma imagem de profundo valor de unidade e orientação. No povo judeu o pastor e o rebanho constituíam uma autêntica “família”. Isto equivale a uma “igreja”. Isto é “povo reunido”.
Mas ele continuou, vers. 14: “Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas conhecem-me”; vers. 16: “ tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco e também tenho que as conduzir”. “Ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor”. E, mais tarde vers. 27: “as minhas ovelhas ouvem a minha voz: eu conheço-as e elas seguem-me”.
Na sua maravilhosa fala na Última Ceia (vale a pena lê-la) no Ev. De S. João, cap. 17, vers. 18), “assim como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo” … “não rogo somente por eles, mas também por todos aqueles que, pela sua palavra, hão-de acreditar em mim”. Estava aqui o encargo de pastorear.
Estas afirmações não foram feitas com referência exclusiva àquele grupo que andava com Ele. Na verdade, o seu projecto não tinha limites, pois era extenso a todos os homens. É que antes de subir ao céu, ele disse: “ide e ensinai todas as gentes batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” (Mat. 28. 19.)
E ainda naquela mesma Ceia, ao instituir a Eucaristia, vieram as palavras mais abrangentes de todas: “sangue da Nova e Eterna Aliança derramado por vós e por todos … fazei isto em memória de mim”.
Foi mesmo a comunicação do poder sacerdotal no ambiente daquela que seria a sua Igreja. Mais, antes de subir ao céu, deu a Pedro o célebre encargo de ser pastor das suas ovelhas. A cena é dum alcance total. Por três vezes Ele mandou Pedro apascentar as suas ovelhas: S. João, cap. 21:
- vers. 15: apascenta os meus cordeiros…
- vers. 16: apascenta as minhas ovelhas …
- vers. 17: apascenta as minhas ovelhas …
Está constituído o rebanho para atravessar os tempos, como ovelhas de Cristo, apascentadas por Pedro e pelos outros Apóstolos a quem Ele as entregou. Para estas tarefas Ele enviou “pastores” com funções de mestres e de sacerdotes. É o que veremos."
Artigo publicado no Jornal "A União" de hoje da autoria de Caetano Tomaz
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