O compromisso com Cristo dos Romeiros perante a sociedade
(artigo publicado no Jornal "A União" de hoje)
"Um título que também se pode aplicar aos restantes movimentos da igreja, bem como a todos os Cristãos no geral, sendo com base neste título que pretendo hoje escrever algumas palavras, seguramente (como sempre) com a ajuda do Espírito Santo.
Estas opiniões pessoais (que não passam disso mesmo) sobre este movimento do qual faço parte “de alma e coração” e que tenho vindo a escrever ao longo dos últimos tempos, têm dois propósitos. O 1º é interno, ou seja, tento (se calhar sem o conseguir) que os restantes irmãos ao longo do ano que medeia entre o fim de uma romaria e o inicio de outra, continuem a sentir a chama do Amor de Cristo mas também a sentirem a lenha da oração a crepitar na Alma, como acontece comigo. O 2º é externo, isto é, com estes artigos (uns “tolos” e outros mais “discretos”) tento (muito possivelmente sem o conseguir) que os homens de Deus sintam vontade e, eventualmente, no murmúrio de uma brisa suave[1], a experienciarem um singular e sui generis retiro espiritual, como é uma romaria.
Depois desta divagação, e de volta ao que me propus escrever, ao assunto em si mesmo, vem no seguimento da constatação (minha e demais irmãos romeiros) de que, ao longo destes quase 5 anos consecutivos de romarias na Terceira, o número de irmãos não ter aumentado muito, como seria o esperado ou melhor dizendo, como gostaríamos que fosse (mas quem sabe?) ao contrário do propósito de Deus. No entanto, como todos nós somos Cristãos, pedras vivas do Evangelho[2], é nosso dever e nossa obrigação semear [3]a Sua palavra, mesmo que essa palavra seja do tamanho de um grão de mostarda[4] e, sendo assim, por “muitos” irmãos romeiros que possamos ser, sinto que somos sempre poucos para trabalhar na messe do Senhor[5]. Mas então “onde estaremos a falhar?” – Poderão alguns irmãos perguntarem-se neste momento.
Pessoalmente e com sincera humildade, sinto que não estamos a falhar em alguma coisa significativa, contudo, poderemos sim, ter que limar algumas arestas aqui ou ali.
Penso, isso sim, que a situação talvez resida no facto da casa do Pai ter muitas moradas[6] e, levando um pouco à letra (é certo) esta passagem bíblica, cada uma dessas moradas poderá ser neste mundo, cada um dos movimentos da igreja e, como tal, nem todos os homens são chamados por Deus para as mesmas coisas. Uns possivelmente completam os outros (quais peças de um puzzle maior) e no todo conseguem que a cruz permaneça de pé, enquanto o mundo gira[7].
Também penso que a situação talvez também resida no facto de uma grande maioria de Cristãos (e que me perdoem os que possam sentir-se ofendidos) não se quererem comprometer verdadeiramente com Cristo, perante o meio e a sociedade onde estão inseridos. Vão a quase todas as missas dominicais, confessam-se regularmente e até por vezes rezam, no entanto, nesta falta de verdadeiro compromisso com Cristo, quase que os equiparo à nova forma de estar da maioria dos políticos, ou seja, são os denominados independentes. Agem como árvores altas e esguias que vergam para o lado que o vento sopra e nisso o Evangelho é bem claro: - Ninguém pode servir a dois senhores[8]. Em suma, não são “nem sim, nem não”, são nim e variam de tonalidade conforme a hora e o local e é nisto que reside o facto de, por muito que nós romeiros convidemos outras pessoas para nos acompanharem como irmãos, estes nunca negam o convite mas, chegados os dias de reuniões, não comparecem e nos dias seguintes “esqueceram-se” ou “não puderam comparecer”.
Alguém já disse que “Os romeiros rezando pelos caminhos da Ilha incomodam muitas pessoas, sejam cristãos, de outras religiões ou até ateus mas, incomodam principalmente os primeiros” Se realmente incomodam, quando a mim só deverá ser pela atitude de compromisso com Cristo perante a sociedade.
Mesmo com mais alguns talvezes, tenho uma certeza! Deus sabe a altura certa de enviar mais homens para esta morada porque, só mesmo Deus para ser louco o bastante, ao ponto de ter conseguido levar um punhado de homens a palmilhar os caminhos desta ilha (…)[9].
Estas opiniões pessoais (que não passam disso mesmo) sobre este movimento do qual faço parte “de alma e coração” e que tenho vindo a escrever ao longo dos últimos tempos, têm dois propósitos. O 1º é interno, ou seja, tento (se calhar sem o conseguir) que os restantes irmãos ao longo do ano que medeia entre o fim de uma romaria e o inicio de outra, continuem a sentir a chama do Amor de Cristo mas também a sentirem a lenha da oração a crepitar na Alma, como acontece comigo. O 2º é externo, isto é, com estes artigos (uns “tolos” e outros mais “discretos”) tento (muito possivelmente sem o conseguir) que os homens de Deus sintam vontade e, eventualmente, no murmúrio de uma brisa suave[1], a experienciarem um singular e sui generis retiro espiritual, como é uma romaria.
Depois desta divagação, e de volta ao que me propus escrever, ao assunto em si mesmo, vem no seguimento da constatação (minha e demais irmãos romeiros) de que, ao longo destes quase 5 anos consecutivos de romarias na Terceira, o número de irmãos não ter aumentado muito, como seria o esperado ou melhor dizendo, como gostaríamos que fosse (mas quem sabe?) ao contrário do propósito de Deus. No entanto, como todos nós somos Cristãos, pedras vivas do Evangelho[2], é nosso dever e nossa obrigação semear [3]a Sua palavra, mesmo que essa palavra seja do tamanho de um grão de mostarda[4] e, sendo assim, por “muitos” irmãos romeiros que possamos ser, sinto que somos sempre poucos para trabalhar na messe do Senhor[5]. Mas então “onde estaremos a falhar?” – Poderão alguns irmãos perguntarem-se neste momento.
Pessoalmente e com sincera humildade, sinto que não estamos a falhar em alguma coisa significativa, contudo, poderemos sim, ter que limar algumas arestas aqui ou ali.
Penso, isso sim, que a situação talvez resida no facto da casa do Pai ter muitas moradas[6] e, levando um pouco à letra (é certo) esta passagem bíblica, cada uma dessas moradas poderá ser neste mundo, cada um dos movimentos da igreja e, como tal, nem todos os homens são chamados por Deus para as mesmas coisas. Uns possivelmente completam os outros (quais peças de um puzzle maior) e no todo conseguem que a cruz permaneça de pé, enquanto o mundo gira[7].
Também penso que a situação talvez também resida no facto de uma grande maioria de Cristãos (e que me perdoem os que possam sentir-se ofendidos) não se quererem comprometer verdadeiramente com Cristo, perante o meio e a sociedade onde estão inseridos. Vão a quase todas as missas dominicais, confessam-se regularmente e até por vezes rezam, no entanto, nesta falta de verdadeiro compromisso com Cristo, quase que os equiparo à nova forma de estar da maioria dos políticos, ou seja, são os denominados independentes. Agem como árvores altas e esguias que vergam para o lado que o vento sopra e nisso o Evangelho é bem claro: - Ninguém pode servir a dois senhores[8]. Em suma, não são “nem sim, nem não”, são nim e variam de tonalidade conforme a hora e o local e é nisto que reside o facto de, por muito que nós romeiros convidemos outras pessoas para nos acompanharem como irmãos, estes nunca negam o convite mas, chegados os dias de reuniões, não comparecem e nos dias seguintes “esqueceram-se” ou “não puderam comparecer”.
Alguém já disse que “Os romeiros rezando pelos caminhos da Ilha incomodam muitas pessoas, sejam cristãos, de outras religiões ou até ateus mas, incomodam principalmente os primeiros” Se realmente incomodam, quando a mim só deverá ser pela atitude de compromisso com Cristo perante a sociedade.
Mesmo com mais alguns talvezes, tenho uma certeza! Deus sabe a altura certa de enviar mais homens para esta morada porque, só mesmo Deus para ser louco o bastante, ao ponto de ter conseguido levar um punhado de homens a palmilhar os caminhos desta ilha (…)[9].
[1] 1 Rs 19, 12-13
[2] 1Pe 2, 5
[3] Mt 13, 14,20
[4] Mt 13,31-32
[5] Mt 9,38
[6] Jo 14, 2
[7] “Stat crux dum volvitur orbis” – Lema Cartusiano
[8] Mt 6, 24-34
[9] Excerto do artigo publicado no Jornal “A União” em 10/10/2009, e (re) publicado também em http://romeirosterceira.blogspot.com/2009/10/as-romarias-servem-tambem-para-isso.html"
1 comentário:
o que importa é semear, semear, semear, o tempo de Deus não é o nosso, cinco anos de romarias pode parecer tanto aos olhos dos homens....mas o importante, os olhos dos homens quase nunca conseguem vêr.
Bom retiro, boa romaria, aos pouqinhos o mundo melhorará.
1 abraço em Maria nossa Mãe
beatriz
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